No enorme e protegido estaleiro da Direction des Constructions Navales et Services (DCNS), em Cherbourg, a 360 km de Paris, falam-se português e francês. Aqui toma corpo o maior contrato militar internacional do Brasil, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, de R$ 15 bilhões, superior em R$ 4 bilhões à indefinida licitação dos caças.
Desta vez os brasileiros não estão só comprando. Com uniforme verde, equipes de técnicos e engenheiros do país se revezam por etapas no estaleiro francês. O contrato entre a Marinha brasileira e o consórcio Bahia de Sepetiba (DCNS e Odebrecht) implica a construção conjunta de cinco submarinos, um nuclear.
Na visita da presidente Dilma a Paris, amanhã, a ênfase da parceria estratégica na inovação terá como modelo o caso dos submarinos, considerado inédito tanto para a França como para o Brasil.
A Marinha tem cinco submarinos, que precisam ser substituídos. Em Cherbourg, a proa e a vela do primeiro submarino já estão quase prontas. A segunda parte e as outras quatro unidades serão construídas no Brasil. O primeiro submarino deve ser lançado em 2017, o segundo, 18 meses depois. O submarino nuclear, em 2021.
Fonte: Valor Econômico/Assis Moreira | De Cherbourg, França
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