O veto à instalação do Estaleiro Promar Ceará, em Fortaleza, divide opiniões. Enquanto a OAB-CE (Ordem dos Advogados do Brasil) considera ´péssima´ a decisão da prefeita Luizianne Lins, o IAB-CE (Instituto dos Arquitetos do Brasil) aponta vantagens do empreendimento não ter vindo para a Capital cearense.
Para Eginardo de Melo Rolim, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Ceará, "o fato é péssimo. O estaleiro iria fortalecer a economia local e foi perdido por falta de um entendimento político, pelo menos é a impressão que dá. Como a prefeita não foi consultada, não quis aceitar. É preocupante".
"O ideal era que viesse para Fortaleza em outra parte do litoral, que não o Titanzinho, já que estudos mostraram a inviabilidade naquela área". "Minha expectativa era de que ocorresse um entendimento entre a Prefeitura, o Estado e a União, no sentido de que o estaleiro voltasse para Fortaleza, independentemente, inclusive, de mudança de governo", disse o advogado.
Na visão de Custódio Santos Neto, presidente do IAB, "o processo foi atropelado porque não foi mostrado nos estudos os impactos que a implantação do estaleiro traria".
"Embora seja uma pena que não venha, os prejuízos seriam maiores que as vantagens. É melhor perder que vir para Fortaleza nas condições que foram impostas pelos investidores". "Se desse certo, eles iam querer mais área", disse. "A nossa vocação é turística. Aquela área é privilegiada. Fizemos vários questionamentos, pesquisamos alternativas que não foram levadas em consideração. O custo de implantação no Pecém é de um terço dos gastos no Titanzinho, mesmo com toda logística", asseverou.
"Surpreendentemente, a empresa não aceitou", comenta o presidente do IAB, completando: "lamento não ter vindo para o Ceará, mas para Fortaleza não seria de bom grado".
Fonte: Diário do Nordeste(CE)
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