A divisão de petróleo e gás natural da Odebrecht planeja triplicar a receita nos três próximos anos e explorar o potencial dos campos petroleiros "offshore" do Brasil.
Os planos da empresa, que conta com participação acionária do Temasek, fundo de investimento estatal do governo de Cingapura, surgem depois que a companhia vendeu parte de suas ações a gestora Gávea Investimentos, controlada pelo JPMorgan. "Queremos criar o maior prestador de serviços à Petrobras e estamos investindo com esse objetivo", disse Roberto Ramos, presidente-executivo da companhia.
Os vastos campos de petróleo em águas profundas do Brasil podem fazer do país um dos maiores produtores mundiais de petróleo, daqui a uma década. A Petrobras está liderando o projeto por meio de um programa de investimento de capital quinquenal no valor de US$ 225 bilhões, que está entre os maiores do mundo e vem atraindo grupos de todo o planeta.
Ramos disse que a subsidiária da Odebrecht estava investindo US$ 5 bilhões em equipamento, de navios de prospecção a plataformas flutuantes de petróleo e embarcações para a instalação de oleodutos submarinos. "Neste ano devemos ter faturamento de cerca de
US$ 500 milhões e o duplicaremos no ano que vem e chegaremos a US$ 1,5 bilhão em 2013." Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central brasileiro e um dos fundadores da Gávea, declarou na semana passada que a participação na subsidiária da Odebrecht estava entre os maiores investimentos de sua companhia até o momento.
Fonte: Folha de São Paulo/JOE LEAHY DO "FINANCIAL TIMES", EM SÃO PAULO/Tradução de PAULO MIGLIACCI
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