No que deverá ser o maior processo desse tipo na América Latina, envolvendo cerca de R$ 10 bilhões, a empresa petrolífera de Eike Batista, a OGX, pretendia ontem à noite entrar com pedido de recuperação judicial nos próximos dias.
Até o fechamento desta edição, estava previsto que hoje será divulgada informe com as trocas de propostas com os principais credores da empresa. A divulgação das informações significa o fim das conversas com os detentores dos bônus internacionais emitidos pela empresa, que somam US$ 3,6 bilhões.
A companhia vale menos do que deve. O Valor apurou que a OGX tem valor presente líquido estimado em US$ 2,5 bilhões e dívidas que somam US$ 4,1 bilhões. Na bolsa, chegou a valer R$ 75 bilhões em novembro de 2010. Na sexta-feira, seu valor era inferior a R$ 1 bilhão.
O que travou as conversações com os credores em busca de uma solução extrajudicial foi o pedido dos credores para que Eike Batista, encontrasse uma forma de transferir para a OGX a propriedade da plataforma OSX-3, que será usada na exploração do campo de Tubarão Martelo - e que pertence à outra empresa do grupo, a OSX. Nem mesmo o fim das conversas com os credores fez a OGX encerrar o diálogo com potencial novos investidores. Parte da atual nova administração embarcou ontem à noite para Nova York para nova rodada de conversas com potenciais investidores.
Fonte: Valor Econômico/Graziella Valenti | De São Paulo
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