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OSX busca financiamento de estaleiro com BNDES e Marinha Mercante

RIO - A OSX está em conversas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o Fundo da Marinha Mercante (FMM) para tentar conseguir financiamento para o estaleiro a ser construído no Rio de Janeiro. O custo projetado da obra é de US$ 1,7 bilhão.

De acordo com o diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Roberto Monteiro, parte do montante será proveniente de recursos próprios. No entanto, ele não soube quantificar qual o percentual será financiado, já que vai depender da resposta das instituições de fomento. A OSX já protocolou o pedido de financiamento no FMM e está no processo de realizar a carta consulta ao BNDES.

Na terça-feira, a OSX divulgou ter desistido da ideia inicial de fazer o estaleiro em Santa Catarina. Segundo Monteiro, a companhia acredita que a área escolhida no Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, tem benefícios logísticos.

A companhia encontrou dificuldades para obter o licenciamento ambiental, além de ter enfrentado protestos locais contra a instalação da unidade em Santa Catarina. Mas o processo de licenciamento ambiental no Estado estava mais adiantado, com o estudo de impacto ambiental e o seu respectivo relatório de impacto ambiental (Eia/Rima) tendo sido entregue em dezembro do ano passado.

No Rio, o Eia/ Rima foi protocolado em junho deste ano. O próximo passo ainda será a convocação da audiência pública, já realizada em SC no meio do ano. Isso é necessário para que a empresa consiga a licença prévia de instalação do estaleiro no Porto do Açu entre dezembro e janeiro.

Segundo o diretor de RI, no entanto, “a decisão foi 100% focada nas vantagens técnicas e operacionais”, como a proximidade com siderúrgicas, fornecedores e também com a Bacia de Campos, para aonde será enviada a maior parte das 48 plataformas que a OGX vai encomendar.

Inicialmente, o estaleiro será desenvolvido com 2,4 mil metros de cais, podendo ser posteriormente ampliado para 3,2 mil metros. A área máxima de contato direto como mar será de 3,525 mil metros. O início da construção está previsto para maio do próximo ano e as primeiras entregas já deverão acontecer em 2013, com o corte de chapas e outros processos mais localizados.

A unidade terá capacidade para 180 mil toneladas de processamento de aço e 220 mil toneladas de integração de peças na etapa de montagem das unidades.

A expectativa é fazer com que, futuramente, o estaleiro não seja totalmente voltado para as encomendas realizadas pela OGX. Tanto que a OSX está participando da licitação para a construção de duas sondas para a Petrobras.

O estaleiro servirá ainda para a realização de reparos em sondas e plataformas, o que derruba a especulação de que a companhia poderia manter uma unidade somente para isso em Santa Catarina. A área catarinense poderá vir a ser utilizada pela holding do grupo de Eike, a EBX.

(Fonte: Valor Econômico/Juliana Ennes)






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