A audiência de conciliação entre a OSX, empresa da indústria naval do grupo EBX, de Eike Batista, e a fornecedora de combustíveis World Fuel Services Singapore terminou sem acordo ontem, quinta-feira (19).
Fornecedora entra na Justiça para cobrar R$ 19 mi da OSX
A empresa, que tem como representante no Brasil a Tramp Oil, questiona uma dívida de R$ 19 milhões referentes ao fornecimento de combustíveis marítimos para a OSX.
A Folha apurou que a empresa de Eike propôs o parcelamento da dívida, o que não foi aceito pela fornecedora.
A audiência demorou uma hora e meia e teve um intervalo de cerca de 20 minutos, momento em que os quatro advogados da World Fuel entraram em contato com o cliente internacional.
A pedido dos representantes de ambas as partes o juiz da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, determinou que o caso seguirá em segredo de Justiça.
O juiz deverá decidir agora se concede liminar. Com objetivo de ter uma garantia para a dívida, a fornecedora solicita que se impeça a saída das águas territoriais brasileiras do navio-plataforma FPSO OSX-3. A companhia de Eike, no entanto, comunicou à World Fuel que não tem intenção de tirar o navio do país, segundo fontes próximas ao caso.
A unidade, que tem registro na Libéria, chegou ao Brasil de Cingapura no dia 24 de agosto e será usada pela petroleira do grupo, a OGX, no campo de Tubarão Martelo, na bacia de Campos (RJ). Atualmente, passa por auditorias e vistorias de autoridades locais antes de seguir para a locação do campo de Tubarão Martelo e atender à OGX.
Parte do combustível fornecido pela World Fuel foi utilizado nesse trajeto. A Folha apurou que atualmente a companhia não está fornecendo combustível para a OSX.
Com problemas operacionais, a petroleira do grupo, a OGX, diminuiu suas encomendas à OSX, que com isso reviu seu plano de investimentos e reduziu o estaleiro. A OSX também renegocia contratos com outros fornecedores.
Fonte: Folha de São Paulo/MARIANA SALLOWICZ DO RIO
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