SÃO PAULO - A OSX e a LLX, empresas de estaleiros e de logística do empresário Eike Batista, iniciaram estudos para instalação de um estaleiro no Rio de Janeiro, em meio à dificuldade do grupo em obter licenciamento ambiental para o projeto em Biguaçu, em Santa Catarina.
As companhias informaram que aprofundaram "estudos sobre a pré-viabilidade da implantação do estaleiro do Açu", no Rio de Janeiro, e, "como resultado, a OSX iniciou o processo de licenciamento ambiental para a implantação do estaleiro no Rio de Janeiro".
O projeto do estaleiro da OSX em Santa Catarina, que exigirá investimento de US$ 1,7 bilhão para a construção de um complexo capaz de produzir embarcações e plataformas petrolíferas, tem parceria com a gigante sul-coreana do setor Hyundai Heavy Industries.
Caso o projeto acabe sendo transferido para o complexo da LLX no Rio de Janeiro, conhecido como Superporto do Açu, a instalação vai aproveitar o canal Campos-Açu, que desaguará no mar através do porto da LLX em São João da Barra.
Esse canal, segundo a LLX e a OSX, permite criar um cais de mais de 3.500 metros de extensão no complexo industrial que está sendo erguido na região do porto da empresa. "O governo do Estado do Rio de Janeiro enfatizou convite à OSX para que venha a instalar ali o seu estaleiro", afirma a companhia em comunicado.
Uma eventual transferência do estaleiro de Santa Catarina para o Rio de Janeiro não deve implicar em mudanças relevantes no orçamento do projeto, afirmou a OSX, estimando que o licenciamento ambiental no complexo de Açu poderá ser concedido até abril de 2011.
A LLX, braço de logística do grupo EBX, informou ainda que o Complexo Industrial do Superporto do Açu, localizado no Rio de Janeiro, está em fase adiantada de construção e deve iniciar suas operações no primeiro semestre de 2012.
O Complexo Industrial do Superporto do Açu terá até dez berços para atracação de navios e irá movimentar produtos como de minério de ferro, petróleo, produtos siderúrgicos, carvão e granéis sólidos.
A LLX também está construindo no estado do Rio de Janeiro o Porto Sudeste, que terá dois berços para atracação de navios e capacidade inicial para movimentar 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
Fonte: Valor Online/Reuters
PUBLICIDADE