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Pagot nega ligação entre contratos do Dnit e campanhas

Pagot nega ligação entre contratos do Dnit e campanhasEle negou que haja qualquer relação entre doadores de campanha e aditivos de contratos nas obras conduzidas pelo órgão

Pagot disse que o Dnit administra neste momento 1.156 contratos de obras em execução, dos quais o TCU fiscaliza, pelo menos, 400

Em depoimento no Senado, o diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, negou que haja qualquer relação entre "doadores de campanha e aditivos de contratos" nas obras conduzidas pelo órgão. Ele negou, sobretudo, que tenha declarado que recursos doados ao PR tenham sido redirecionados à campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. "É mentira", protestou.

Pagot disse que o Dnit administra neste momento 1.156 contratos de obras em execução, dos quais o Tribunal de Contas da União (TCU) fiscaliza, pelo menos, 400. Nesse cenário, ele afirmou que, "se algum malfeito ocorre", imediatamente os órgãos de controle acionam o órgão para que sejam feitas as correções devidas. Segundo o diretor-geral, ocorre sistematicamente uma confusão entre sobrepreço, superfaturamento e aditivos contratuais. Ele afirmou que no caso dos aditivos, por exemplo, eles são obrigatórios porque a lei determina que os preços das obras sejam atualizados anualmente.

O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), disse, contudo, que os preços das obras no Brasil são muitos superiores àqueles praticados em outros países. "É ingenuidade esperar que a gente acredite que tudo que se fez foi correto. Os preços estão inflados demais e provocam irritação em todo mundo", criticou o tucano, ressaltando que "uma obra de 17 quilômetros não pode custar R$ 300 milhões".

'Respondo pelo Dnit' e não pelos Transportes, diz Pagot

Em resposta ao senador Cyro Miranda (PSDB-GO) durante depoimento no Senado, o diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, disse que responde unicamente pelo comando do órgão, e não pelo Ministério dos Transportes. "Respondo pelo Dnit, assumo as responsabilidades pelo Dnit", afirmou.

Quanto às denúncias veiculadas pela revista Veja, de que haveria corrupção e superfaturamento de contratos no Dnit e no Ministério dos Transportes, Pagot disse que não pode responder pela pasta. Ele afirmou que o Dnit é apenas "uma das autarquias" ligadas ao ministério, lembrando que a estrutura da pasta comporta outros órgãos, como o Fundo de Marinha Mercante, a Valec (estatal que controla as ferrovias), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), entre outros.

Pagot também reafirmou que não foi demitido, apenas entrou em férias. Ele disse que a presidente Dilma Rousseff recomendou-lhe que se afastasse temporariamente do cargo, enquanto durassem as investigações. No entanto, ele explicou que não cabe o "afastamento" da direção-geral do Dnit. Caberia a demissão ou as férias, opção que coube a ele.

Fonte:Por Agência Estado


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