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Partidos traçam estratégias para votações do pré-sal

BRASÍLIA - Tanto os partidos da base do governo quanto os de oposição promovem nesta terça-feira (4) uma série de reuniões para definir como vão atuar no processo de votação de duas medidas provisórias que agora passam a trancar a pauta do Senado. A votação dessas matérias é fundamental para que os aliados consigam dar andamento ao cronograma de apreciação das matérias do pré-sal, que começaria na próxima semana com a análise do projeto de lei que cria a Petro-sal.
Segundo o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), a intenção é votar hoje a MP 472, que tem cerca de 50 itens, e amanhã, a MP 473 sobre a abertura de Crédito Extraordinário da União. Isso possibilita votar a semana que vem o projeto de criação da Petro-sal. Além disso, mais duas MPs entraram hoje na pauta do Senado, porém, não obstruem a pauta, pois estão em fase de tramitação.
O líder do PDT, Osmar Dias (PR), disse que a bancada se reúne por volta das 15 horas para tentar ir a plenário com uma posição comum. O desafio, segundo ele, é entrar num consenso com parte dos seis senadores que estariam dispostos a aderir à obstrução do PSDB e do DEM por conta de problemas eleitorais em seus estados.
“Existem, no partido, parlamentares que têm restrições para votar. Fica difícil contemplar todos os estados”, disse o parlamentar.
No PMDB, a orientação é votar com o governo e tentar manter a estratégia definida na reunião de quinta-feira (29) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de impor a maioria governista em plenário. Senadores do partido, entretanto, devem contrariar a orientação das lideranças.
O senador Gerson Camata (PMDB-ES) é um deles. Abertamente, disse que vai compor com a oposição do processo de obstrução para inviabilizar o calendário do pré-sal estipulado por Lula com sua base. “Vou obstruir, não vou deixar votar”, destacou. O parlamentar não aceita a tese de repartição igualitária dos royalties do petróleo e, tampouco, a estratégia articulada pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), de deixar para depois das eleições o debate sobre o assunto.
A bancada petebista se reúne às 14 horas para afinar o discurso. O senador Romeu Tuma (SP) afirmou que o partido deve seguir a orientação do governo.


Fonte: DCI/Agência Brasil


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