Mas estrangeiros também encontram espaço no estaleiro
A origem da mão de obra do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) divide-se da seguinte forma: pernambucanos (82%), fluminenses (7%), paulistas (3%), catarinenses (2%), outros locais e estrangeiros (6%). Pois é justamente neste último nicho que se inclui o nissei Hamilton Hitisvo Mike Hatada, 46 anos. Ele é supervisor da Oficina de Montagem. “Montamos os blocos do navio”, resume.
Hamilton saiu com 20 anos do Brasil para tentar a vida no Japão. Trabalhou na área de automóveis. Depois, passou para estaleiros, onde trabalha há 14 anos. A falta de garantias e direitos trabalhistas por ser estrangeiro e a saudade o fizeram voltar. No último mês de dezembro, soube do EAS pelo site da empresa - www.estaleiroatlanticosul.com.br - e resolveu fazer contato com a coordenadoria de recursos humanos. Veio com os dois filhos para cá e foi admitido em 11 de fevereiro.
O Estaleiro precisa de profissionais com experiência na indústria naval e offshore para liderar o empreendimento. Por isso, está contratando no Japão 200 soldadores especializados - 80 deles já estão trabalhando.
Todavia, o foco das oportunidades é no entorno de Suape. Simone Maria de Almeida, 22, e Sóstanes Bezerra de Castilho, 30, moram em Ipojuca e no Cabo de Santo Agostinho, respectivamente. Eles têm uma história parecida: viram informações a respeito do Estaleiro, foram à procura de espaço na empresa e tiveram acesso aos cursos e aulas para virar soldadores.
Como trabalham até 12 horas por dia devido ao período final de construção do Suezmax, os dois chegam a receber até R$ 1,7 mil, muito mais do que ganhavam em seus antigos empregos. “Eu quero crescer dentro da empresa. Pretendo ser inspetora de solda”, planeja Simone.
Fonte: Folhade Pernambuco
PUBLICIDADE