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Pesquisa e desenvolvimento

IPT inaugura laboratório que desenvolverá componentes e peças com aplicação ‘offshore’ -- O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugurou em 16 de maio o Laboratório de Estruturas Leves, instalado em área cedida pela Prefeitura de São José dos Campos no Parque Tecnológico da cidade. O novo laboratório realizará pesquisas voltadas ao desenvolvimento de estruturas, componentes e peças em aplicações industriais com menor peso e custo, porém mais resistentes. Poderão ser feitas a partir de materiais metálicos (titânio e alumínio, por exemplo), compósitos (polímeros com reforço de fibras de carbono) e híbridos (combinação de compósitos e metais).


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Qualquer segmento industrial que demande estruturas leves poderá ser atendido. O foco inicial do laboratório é o aeronáutico, mas setores como os de petróleo e gás, energia eólica, automobilístico, transmissão de energia e saneamento estão aumentando o interesse em peças cada vez mais leves e menos sujeitas à corrosão.

Segundo o responsável pelo Laboratório de Estruturas Leves, Hugo Borelli Resende, estruturas e componentes feitos a partir de fibra de carbono, além de excelentes características de resistência e rigidez estruturais, sofrem bem menos os efeitos de corrosão e fadiga a que peças metálicas estão submetidas em ambientes próximos ao mar, ou até mesmo submersos. Em situações extremas, como a exploração de petróleo a grandes profundidades, a aplicação de compósitos em carbono em peças e junções pode tornar a manutenção de equipamentos como as árvores de natal uma atividade muito mais simples, já que os intervalos entre inspeções podem ser desenvolvidos para serem bem maiores do que os atuais. “Certamente existem outras aplicações dada a quantidade de material que fica submerso, ligando uma plataforma de exploração ao terreno no fundo do mar, com a vantagem de redução de peso desse material, que pode fazer com que se diminua a área em planta da plataforma, e consequente diminuição do custo de produção da mesma”, diz Resende.

Em uma parceria que envolve os governos municipal, estadual e federal, o projeto de implantação do laboratório foi possível graças ao investimento do BNDES de R$ 27,6 milhões, da Finep – Inovação e Pesquisa de R$ 8,3 milhões, da Fapesp de R$ 2,4 milhões e do governo do estado de São Paulo, por meio de uma contrapartida do IPT de R$ 5,9 milhões. Estes recursos destinam-se tanto a recursos humanos, infraestrutura de apoio, logística e materiais, quanto à realização de projetos de pesquisa previstos no contrato com BNDES, Finep e Fapesp ao longo dos próximos anos. Outros aportes foram feitos como os R$ 2,5 milhões da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, por meio de convênio com a Prefeitura de São José dos Campos para cobrir parte das obras de reforma do galpão no Parque Tecnológico em que o laboratório está instalado. O total chega a R$ 46,7 milhões, além do apoio da Embraer por meio da elaboração de projetos estruturantes de desenvolvimento tecnológico.

Os dois principais equipamentos instalados para desenvolvimento e produção de materiais compósitos são a máquina de deposição automática de fitas em superfícies côncavas e convexas, denominada Fiber Placement Machine, única no hemisfério Sul e adquirida por US$ 2,7 milhões com recursos da Finep, e outra máquina de deposição de fitas em superfícies planas, a chamada Automatic Tape Laying Machine, comprada por US$ 2,9 milhões por intermédio da Fapesp com repasse de recursos do BNDES. Outros dois equipamentos igualmente importantes, somente para trabalhos com materiais metálicos, são a máquina de solda por atrito e outra para conformação por superplasticidade, cujos custos foram, respectivamente, de R$ 2,3 milhões e de R$ 1,7 milhão.

O objetivo do laboratório é o desenvolvimento de componentes e peças que servirão de referência para estudos de capacitação e viabilização da produção industrial, e não a sua fabricação em série. Um diferencial dos novos equipamentos é que eles estão mais próximos da indústria e permitem a criação de protótipos para a pré-produção, assim como o avanço no domínio tecnológico por parte da empresa em projetos exploratórios e pré-competitivos.

O laboratório irá participar principalmente de projetos de pesquisa em parceria com empresas com o apoio de agências de fomento, tais como os recursos da Embrapii. Está previsto o envolvimento e a participação da academia nos projetos de pesquisa desenvolvidos no LEL. Uma das linhas de projeto de pesquisa que irá se beneficiar com a nova infraestrutura laboratorial é o estudo de novas metodologias de projeto e análise para estruturas primárias de jatos de pequeno porte.






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