Após divulgar lucro recorde no primeiro semestre, a Petrobras admitiu a possibilidade de não conseguir atingir a previsão de investimentos de R$ 84,7 bilhões. No dia do lançamento do Plano de Negócios 2011-2015, em 22 de julho, a companhia já havia reduzido essa previsão, que era de R$ 93,7 bilhões. No segundo trimestre, os investimentos somaram R$ 16,1 bilhões, acima dos R$ 15,9 bilhões dos três primeiros meses do ano, somando R$ 32 bilhões no primeiro semestre.
"Não é descartado que os investimentos fiquem abaixo dos R$ 84 bilhões, embora estejamos perseguindo a meta", disse o diretor financeiro e de relações com investidores, Almir Barbassa, explicando que a flutuação dos investimentos vai depender, principalmente, do ritmo de entrega das sondas esperadas pela companhia, que determinará a velocidade de produção de poços. "Temos previsão de receber número grande de sondas ainda este ano e outras que estão em período de início da produção. Por várias razões, a sonda é um animal muito complexo", acrescentou.
Barbassa lembrou ainda que há outros projetos que poderão influenciar o nível de investimentos, como as obras na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj); e o desenvolvimento dos campos de Lula e Cernambi, no pré-sal da bacia de Santos.
"Tem também a cadeia de fornecedores, que está indo bem. Mas claro que a performance do volume investido não depende só da Petrobras", disse Barbassa, lembrando que este ano as chuvas atrasaram as obras em Abreu e Lima.
Fonte: Valor - em 15/8 / Rafael Rosas e Juliana Ennes
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