A Petrobras declarou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) a comercialidade dos reservatórios Aruanã e Oliva, no pós-sal da Bacia de Campos. Essa formalidade dá início ao período de concessão de uma área exploratória e está atrelada a um plano formal de investimentos. Com a comercialidade declaradas, os reservatórios passam a ser denominados campos de Tartaruga Verde e Tartaruga Mestiça, com reservas estimadas em 230 milhões e 121 milhões, respectivamente, de barris de óleo equivalente (BOE).
Considerando o prazo final do programa de avaliação de descoberta acertado com a ANP, a declaração de comercialidade dos campos foi antecipada em mais de seis meses. A expectativa da Petrobras é de que as áreas entrem em produção definitiva em 2017. A estatal detém 100% dos campos. Até o dia 15, é esperado o relatório de reservas provadas da companhia referente a 2012.
A estatal também divulgou ontem que sua produção de petróleo no Brasil em novembro ficou em 1.968.307 barris por dia. O volume é 1,5% maior que o produzido no mês anterior, mas é 4,7% menor que o de novembro de 2011, quando foram produzidos 2,060 milhões de barris por dia. Se somada a parcela operada para os parceiros da estatal, a produção em novembro foi de 2,007 milhões de barris diários, com 1,7% de aumento sobre outubro.
Outra boa notícia envolvendo a estatal foi o final da perfuração do reservatório batizado como Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos. Uma das sócias da área, com 10% de participação, a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) trabalha com a hipótese de uma produção de 35 mil barris por dia em cada poço perfurado em Carcará, o que segundo a empresa é uma vazão semelhante à de outras áreas do pré-sal de Santos no chamado "cluster" de Lula.
Carcará, que também tem participação acionária da Barra Energia e OGX, com 10% cada, deve começar em caráter comercial em 2018.
Em teleconferência realizada ontem com analistas de investimento, a QGEP ainda informou que fará uma certificação de suas reservas em 2013. O diretor de exploração da QGEP, Sérgio Michelucci, afirmou que a contratação da certificadora será feita "o mais breve possível" e o trabalho deverá estar pronto até o fim do primeiro semestre.
Os analistas Paula Kowarsky e Diego Mendes calculam que a Petrobras poderá, finalmente, ter permissão para um novo aumento do preço dos combustíveis (10% na gasolina e 5% no diesel) em março, aproveitando o que chamam de "janela" de oportunidade aberta pela redução das tarifas de energia elétrica. Mas destacam que há sempre um risco de atrasos dessas expectativas.
Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner e Rafael Rosas | Do Rio
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