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Petrobras aumenta em 33% os investimentos no primeiro quadrimestre

Entre janeiro e abril deste ano, a Petrobras ampliou em 33% o volume de recursos destinados a investimentos. No primeiro quadrimestre, a estatal movimentou R$ 23,071 bilhões em projetos vinculados à expansão da oferta de petróleo e gás natural, ante R$ 17,357 bilhões gastos em igual período de 2009. Somente entre março e abril foram utilizados R$ 11,385 bilhões.
Com esse desempenho, a estatal lidera o ranking de execução de projetos das 75 estatais federais, cujo programa de investimento totaliza R$ 94,541 bilhões neste ano. Os números da Petrobras sustentarão, em parte, o segundo balanço no ano do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que o governo apresenta amanhã.
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A indicação é de avanço de obras em plataformas, refinarias, do complexo petroquímico Comperj, do projeto de exploração das reservas de Tupi e encomenda de estaleiros e navios petroleiros. Essa performance é o destaque do relatório de execução do investimento das empresas federais elaborado pelo Departamento de Coordenação e Governança das Estatais do Ministério do Planejamento.
Dos R$ 94,541 bilhões programados para 2010, R$ 79,296 bilhões referem-se à Petrobras e estão distribuídos pelas 29 subsidiárias que compõem o grupo. O desempenho mostra que a companhia tem ampliado progressivamente a capacidade de realização de obras, ao mesmo tempo em que passa a gerenciar, ano após ano, um volume mais expressivo de recursos.
A programação anual passou de R$ 39 bilhões em 2007 (25,6% de execução até o segundo quadrimestre), para R$ 50 bilhões em 2008 (24,2% de gastos nos quatro primeiros meses), R$ 66 bilhões em 2009 (26,2% de execução até o segundo quadrimestre) e R$ 79,296 bilhões em 2010 (29,1% usados entre janeiro e abril).
Enquanto a Petrobras acelera a conclusão de projetos, as demais estatais exibem percentuais de realização de obras pouco satisfatórios. O grupo Eletrobras, que reúne 15 empresas, apresentou, no primeiro quadrimestre, uma execução inferior à do ano passado. Com uma carteira de R$ 8,128 bilhões, a holding executou R$ 1,053 bilhão entre janeiro e abril, 13% do total. Em igual período de 2009, esse desempenho havia sido superior, 16,2%.
A Amazonas Distribuidora de Energia (com R$ 1,189 bilhão) executou 8,6%, a Eletronuclear (com R$ 1,165 bilhão) gastou 5,5%, Furnas (com R$ 1,121 bilhão) movimentou 19,8% e Chesf (com R$ 1 bilhão) investiu R$ 16,3%.
A diferença entre a Petrobras e a Eletrobras é que, enquanto a primeira foi dispensada de contribuir para a formação da meta de 3,3% do PIB de superávit primário, a segunda tem que economizar R$ 6,974 bilhões este ano para ajudar o governo a cumprir a meta fiscal.
No segmento dos portos, o relatório Departamento das Estatais mostra melhora nos níveis de realização dos projetos de infraestrutura portuária, mas ainda sem sinais de uma execução plena para o ano. Dos 488 milhões planejados, R$ 74 milhões, 15% do total foram efetivamente utilizados.
As obras de dragagem estão previstas para os portos do Ceará, Bahia, São Paulo, Espírito Santo, Pará, Rio e Rio Grande do Norte. Em anos anteriores, a execução para o período foi bem mais baixa.
Das 75 estatais, 67 são do setor produtivo e oito do setor financeiro, entre as quais o Banco do Brasil (utilizou 15,5% de R$ 2,134 bilhões previstos para o ano) e Caixa Econômica Federal (usou 9,2% de R$ 1,096 bilhão). Dos R$ 94,541 bilhões em investimentos programados para 2010, R$ 62,675 bilhões, 28,8% do total, representam recursos próprios das empresas.

Fonte: Valor Econômico/Luciana Otoni, de Brasil


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