DE BUENOS AIRES - A Petrobras afirmou ontem que deixará de produzir petróleo no Equador após recusar oferta do governo de Rafael Correa, que vinha negociando a migração de contratos com o setor.
Conforme a nova legislação equatoriana, aprovada há quatro meses, as petroleiras não poderão mais ter participação na produção e terão de atuar apenas como prestadoras de serviços para o Estado.
Segundo a imprensa equatoriana, a negociação com o governo fracassou porque a Petrobras considerou baixa a tarifa oferecida em troca dos serviços de exploração e também sentiu falta de garantias jurídicas para resolver conflitos contratuais no país.
A empresa brasileira opera no país por meio da subsidiária Petrobras Argentina, que explora duas reservas na região amazônica em parceria com três multinacionais.
Em 2008, quando começaram as pressões, a Petrobras disse que não aceitaria a migração de contrato. Logo depois, fechou um acordo-tampão para dar mais tempo à negociação.
Em comunicado, a empresa disse que vai negociar com o governo a "compensação" pelos investimentos realizados e ainda não amortizados. Correa já havia garantido uma indenização "justa" às empresas que deixassem o país. Companhias do Canadá, dos EUA e da China também optaram por não migrar os contratos.
As companhias que deixarão o país eram responsáveis por 14% da produção.
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