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Petrobras detalha hoje novo plano de negócio

O aguardado Plano de Negócios da Petrobras para o período 2015-2019 vai traçar o novo cenário da companhia para os próximos anos, após a queda brusca do preço do petróleo e dos desdobramentos da operação Lava-Jato. Ele deve ser detalhado hoje pela estatal.

A Petrobras contratou a empresa de consultoria Bain & Co. para auxiliar no processo de reestruturação interna. A companhia está redefinindo prioridades, estudando a remodelação da estrutura de governança corporativa e elaborando um novo desenho de diretorias e gerências. O objetivo é criar um modelo de governança mais enxuto, para reduzir custos.

Na sexta-feira, após mais de dez horas de reunião, o conselho de administração pediu ajustes na proposta de cortes, que deve ficar entre 35% e 40%, sendo que a área de exploração e produção vai ficar com até 80% dos investimentos programados até o fim da década. Se esses percentuais forem considerados com base somente na carteira de projetos que estava em implantação e em fase de licitação - que somava cerca de US$ 206,8 bilhões em fevereiro de 2014 - a Petrobras virá com um plano de US$ 124 bilhões a US$ 134 bilhões.

Nesses dois casos, o corte equivale a algo entre US$ 72,4 bilhões e US$ 82,7 bilhões dos investimentos anteriormente planejados. Os números estariam dentro do que analistas de diversos bancos consideram aceitável, já que a grande preocupação é com a alavancagem. De qualquer forma, será necessário entender o que está embutido no novo plano.

"Agora temos de ver as outras premissas que dão suporte ao plano. Não é possível tirar uma conclusão concreta só com base nos números que estão saindo", explicou um analista.

A estatal já fez uma baixa contábil de R$ 2,7 bilhões quando anunciou a desistência das refinarias Premium que seriam construídas no Maranhão e no Ceará. O investimento este ano será de US$ 29 bilhões e no próximo ano são estimados US$ 25 bilhões, 37% menos do que a projeção prevista no plano de negócios 2014-2018, que previa US$ 39,5 bilhões. Entre o quarto trimestre deste e do próximo ano a companhia prevê a entrada das FPSOs Cidade de Itaguaí, Cidade de Maricá, Cidade de Saquarema, Cidade de Caraguatatuba e de uma unidade que fará o Teste de Longa Duração (TLD) do campo de Libra.

O novo plano deve manter o término da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo o último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a conclusão da obra estava em 79,2% em 31 de outubro, e a programação previa chegar a 88,8% até o fim deste mês.

O mercado espera uma redução das metas de produção de petróleo para 2020, que era de 4,2 milhões de barris/dia, já que são previstos atrasos na entrega de sondas de perfuração e plataformas de produção encomendadas em estaleiros investigados pela Operação Lava-Jato.

A meta da Petrobras é obter US$ 3 bilhões com o programa de venda de ativos este ano e US$ 10 bilhões em 2016. A estatal planeja abrir o capital da BR Distribuidora e aguarda proposta por 49% das distribuidoras de gás reunidas na Gaspetro.

Fonte|: Valor Econômico/Por Cláudia Schüffner e Rodrigo Polito | Do Rio






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