A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou hoje (26) que a Petrobras deverá dobrar de tamanho até 2030. Durante Almoço-Debate promovido pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, ela apresentou o planejamento estratégico da empresa para os próximos anos.
“A prioridade para a Petrobras é o petróleo”, disse. “Nós entendemos que no futuro, entre 2050 e 2060, quando as energias não fósseis devem prosperar, a indústria fóssil servirá de modelo para as futuras energias”, sustentou para uma plateia de 357 empresários convidados do empresário João Doria Jr., Graça Foster falou sobre as “Perspectivas do Pré-Sal e das Energias Limpas”.
Graça Foster fez um balanço dos investimentos de sua gestão e dos avanços na exploração do Pré-Sal. Segundo ela, o Pré-Sal receberá investimentos de US$ 69,6 bilhões no período de 2012 a 2016.
Aumento da gasolina e desabastecimento – Questionada sobre quem vence a queda de braço de preços com o governo, Foster disse não haver isto, que a Petrobras trabalha com margem de refino positiva e que há trabalho técnico com os controladores, finalizando que não há prazo estabelecido para aumento da gasolina.
Sobre desabastecimento, a presidente da Petrobras garantiu que não haverá falta de combustível, lembrando que a empresa responde pelo suprimento e pela BR distribuidora. Em relação a regiões como Amapá, Pará e Maranhão onde houve falta de combustível, Graça Foster afirmou que foi um problema de logística da empresa local de distribuição, sem relação com a Petrobras.
Para Graça Foster, “etanol é uma grande solução, tem a cara do Brasil e sou uma das defensoras dele”. A presidente completou dizendo que o etanol é a prioridade e que empresa está investindo em pesquisa. “Estamos com 20% de etanol e torcemos para que em 2013 volte a 25% da produção da empresa”.
Clima Empresarial – Durante o evento, foi realizada a 83ª edição da pesquisa de Índice LIDE-FGV de Clima Empresarial. O índice geral apresentou ligeira queda, ficando em 5,7, contra 6,2 em relação a sondagem anterior. A eficiência geral do governo federal ficou em 4,4 contra 5,1 anteriormente. Em relação à situação atual dos negócios, a pesquisa revelou piora: 42% consideram o cenário melhor contra 49% na edição anterior. Para 36% os negócios se mantiveram iguais (41% na sondagem anterior) e para 22% dos empresários a situação está pior (10% na edição anterior). Na previsão para empregos (diretos e indiretos) houve manutenção da expectativa anterior: 42% dos empresários tendem a empregar; 48% esperam manter o nível de emprego atual (49% na edição anterior) e 10% preveem demissão (9% na sondagem anterior). O fator que mais impede o crescimento é a carga tributária, com 65% das respostas (75% na edição anterior).
Para 2013, os temas mais preocupantes para o cenário econômico são crise internacional (46%), incentivos (23%), inflação (23%) e câmbio (7%). Para os empresários, o PIB brasileiro deve crescer 2% em 2012 e 3% em 2013.
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