A Petrobras não confirmou as novas estimativas divulgadas pela sócia BG sobre as reservas dos blocos em que são parceiras no pré-sal da bacia de Santos. A estatal brasileira disse que precisa de mais informações para uma eventual reavaliação das reservas.
Na terça-feira, a BG informou ao mercado que, após avaliação de dados de Tupi, Guará e também Iracema, prospectos em que é parceira da estatal brasileira, a melhor estimativa para as reservas nesses locais passou para 10,8 bilhões de barris recuperáveis, 34% acima do ponto médio anterior de 8,1 bilhões de boe (barris de óleo equivalente).
A companhia inglesa disse que sua melhor estimativa para Tupi seria de 9 bilhões de barris (incluindo Iracema, que estimou em 1,65 bilhão de boe) e para Guará de 1,76 bilhão de barris.
A Petrobras informou que "julga relevante a conclusão dos poços que estão em perfuração na área do Plano de Avaliação de Tupi" para emitir qualquer nova perspectiva para o local. Além disso, Guará precisaria de mais poços de delimitação e a realização do Teste de Longa Duração antes de uma nova projeção de reservas.
"As informações (de novos volumes) são de responsabilidade da BG e foram respaldadas por relatório de empresa de consultoria contratada unicamente pela BG", explicou a Petrobras em nota divulgada ontem.
A BG contratou a empresa de consultoria MLL (Miller and Lents, Ltd) para realizar a nova projeção. Segundo a companhia britânica, a MLL teve "acesso total" aos dados que a BG possui sobre os campos citados.
Como operadora, a Petrobras é a responsável por qualquer divulgação do consórcio, o que foi lembrado à companhia britânica pela estatal brasileira.
"A companhia (Petrobras) informou à BG Group a necessidade de cumprimento das regras estabelecidas no Contrato de Operações Conjuntas (Joint Operations Agreement)", disse a Petrobras em nota.
A BG possui 25% do bloco BM-S-11 (onde estão Tupi e Iracema); 25% do BM-S-10 (Parati) e 30% no BM-S-9 (Guará e Carioca).
A Petrobras reafirmou divulgações anteriores nas quais prevê de 5 a 8 bilhões de barris de óleo equivalente recuperável em Tupi e Iracema (Bloco BM-S-11) e de 1,1 a 2 bilhões de barris de óleo equivalente recuperável em Guará (Bloco BM-S-9).
Fonte: Valor Econômico/Denise Luna | Reuters
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