A Petrobras deve mais do que duplicar suas reservas nos próximos cinco anos, estimou ontem o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.
A Petrobras deve mais do que duplicar suas reservas nos próximos cinco anos, estimou ontem o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.
Na melhor das perspectivas, a companhia acumularia um potencial de 36 bilhões de barris de petróleo e gás recuperáveis.
"Tirando as empresas 100% governamentais no mundo, provavelmente é a maior reserva." Atualmente, as reservas da Petrobras são de cerca de 15 bilhões de barris de petróleo e gás.
Para os próximos cinco anos, a petrolífera trabalha com a adição de 10 bilhões a 16 bilhões de barris de petróleo e gás, baseada em descobertas que estão próximas de serem declaradas comercialmente viáveis em áreas do pré-sal na bacia de Santos e no pós-sal das bacias de Campos e Espírito Santo.
A Petrobras conta ainda com os 5 bilhões de barris que serão cedidos pela União, dentro da cessão onerosa no processo de capitalização. Gabrielli disse que a estatal produzirá 850 milhões de barris neste ano.
Investimentos
Ele informou que o plano de negócios da empresa está sendo revisado e indicou que os investimentos deverão subir. Estão previstos US$ 224 bilhões de 2010 a 2014. "Somente neste ano, nossa previsão é investir R$ 93 bilhões", afirmou.
Sobre a intenção demonstrada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de ampliar a compra de petróleo do Brasil, Gabrielli disse que os americanos têm que criar condições para valorizar uma possível aliança estratégica. Citou como exemplo o incentivo à instalação de empresas americanas no Brasil, ou a viabilidade de facilidades comerciais.
"Nesse momento, eles não têm como valorizar essas relações estratégicas", ressaltou, lembrando que o país governado por Obama é o principal destino das exportações da Petrobras.
Sobre o preço do petróleo, Gabrielli afirmou ainda não ver uma estabilização em novo patamar, apesar da alta recente. Por isso, disse, não há planos de um ajuste no preço dos combustíveis.
Ele destacou que a Petrobras adota a mesma política de preços há oito anos.
"Neste momento, não há clareza se esse patamar de US$ 110, US$ 115 ficará estável. Há muita volatilidade, por influência da crise na Líbia e do terremoto no Japão."
Fonte:Protefer
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