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Petrobras encerra rodada de venda de ativos no país e foca no exterior

A Petrobras praticamente deu por encerrada a rodada de vendas de ativos nacionais dentro do ambicioso programa de desinvestimentos, de US$ 9,9 bilhões, incluído no plano de negócios e gestão 2013-2017. A companhia vai focar novamente na alienação de projetos no exterior, como era a ideia original do plano. Segundo a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, a empresa deve anunciar em breve uma nova operação no exterior. A executiva, porém, não deu prazo para a conclusão do negócio.

"Praticamente o que tinha para ser feito no Brasil já foi feito. Tivemos uma realização boa, dentro do previsto. E uma realização no exterior menor do que o previsto", disse Graça Foster ao Valor.

A presidente da Petrobras confirmou que a refinaria de Pasadena (EUA) está fora da lista de desinvestimentos, porque as propostas que recebeu pelo empreendimento estavam abaixo do valor esperado pela companhia. "E como o 'tight oil' [petróleo contido em rochas de difícil extração] está dando uma margem boa para as refinarias que estão no Golfo do México, Pasadena passou a dar bons resultados. A gente vai investir o mínimo em Pasadena para que ela opere com mais eficiência em 2014", completou a executiva.

"Praticamente o que tinha para ser feito no Brasil já foi feito. Tivemos uma realização boa", diz Graça Foster

A empresa também não recebeu propostas relevantes para a refinaria de Okinawa, no Japão, que também foi retirada da "vitrine" de projetos à venda.

Segundo Graça Foster, a estratégia para a área internacional da Petrobras hoje é investir nas atividades de exploração de petróleo e gás. Com isso, a empresa sinaliza que poderá se desfazer de ativos de outros segmentos, como produção, refino e distribuição. Pode ganhar força também a negociação de ativos na Argentina, onde as tentativas fracassaram em maio, quando a diretoria da estatal não aprovou as propostas obtidas pelos ativos na ocasião.

O diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires, concorda com a estratégia da estatal. O especialista critica o fato de a companhia ter vendido alguns ativos de exploração e produção, que fazem parte da atividade fim da petroleira. "Dos ativos que ela vendeu, muito poucos ela deveria vender realmente", afirmou Pires.

Em recente relatório, o Itaú BBA observou que a Petrobras pode estar vendendo ativos internacionais com preços mais baixos para fazer caixa. A tese do banco é baseada no fato de a Shell ter exercido o direito de preferência na compra da participação da estatal no bloco BC-10, onde está situado o Parque das Conchas, na Bacia de Campos. A Petrobras já havia negociado sua fatia na área com o grupo chinês Sinochem.

"A Shell ter exercido seu direito de preferência no BC-10 nos faz acreditar que ele foi vendido com valor de desconto", diz o Itaú BBA no relatório. Na ocasião do anúncio da operação, a Petrobras informou que o negócio foi fechado por US$ 1,54 bilhão.

A companhia brasileira detinha 35% no BC-10. Com o direito de preferência, a Shell deve ampliar sua participação, de 50% para 73%. A outra sócia, a indiana ONGC, caso tome a mesma medida, aumentará de 15% para 27% sua fatia no bloco.

Segundo analistas, a Petrobras já alcançou perto de 50% dos US$ 9,9 bilhões com o programa de desinvestimentos. No início do ano, a companhia havia informado que pretendia realizar a maior parte desse valor em 2013.

Segundo Graça Foster, a Petrobras não deve alcançar a meta total em 2013. "Mas não é o fim do mundo", acrescentou ela, lembrando que a cifra está prevista no horizonte do plano 2013-2017, e reforçou que a empresa está capitalizada para fazer os investimentos previstos neste ano.

Desde que anunciou o programa de desinvestimentos, no plano de negócios 2011-2015, para levantar recursos para fazer frente aos projetos no pré-sal, a Petrobras já anunciou, por meio de comunicados e fatos relevantes, uma série de operações no Brasil e no exterior. As mais expressivas foram a venda de 35% do BC-10 e de 40% no bloco BS-4, onde estão os campos de Atlanta e Oliva, na Bacia de Santos, para a OGX.

Fonte: Valor Econômico/Rodrigo Polito, Cristiano Romero e Marta Nogueira | Do Rio






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