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Petrobras enxuga os investimentos em R$ 15 bi

A Petrobras comunicou ontem que retirou R$ 15 bilhões da projeção de investimentos contabilizada no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previsto para o período de 2010-2014. Agora a carteira de projetos incluídos no PAC 2 passou de R$ 265 bilhões para R$ 250 bilhões. A medida não tem, aparentemente, nenhum efeito prático para a companhia, a não ser reduzir investimentos que já estão no limite da capacidade financeira da estatal, uma vez que a inclusão de projetos no PAC não traz benefício fiscal nem de qualquer outra ordem. O presidente da Petrobras diz que a redução foi um "pente fino" no orçamento.
Um analista de um grande banco de investimentos que pediu para não ser identificado descreve a notícia como "mais uma pirotecnia política" com os números da Petrobras. Até o momento a estatal não detalhou nenhum dos projetos incluídos no plano de investimentos 2010-2014, que prevê um mínimo de US$ 200 bilhões e um máximo de US$ 220 bilhões.
Dez dias atrás, quando anunciou os números gigantes sem detalhamento, a empresa informava que dos R$ 265 bilhões então previstos no PAC a maior parte (R$ 163,6 bilhões) seria destinada à exploração e produção. O segundo maior orçamento é da área de abastecimento (R$ 80,5 bilhões).
A retirada de projetos do PAC não significa que não serão levados adiante em um horizonte mais longo. O conselho aprovou investimentos de R$ 462 bilhões para depois de 2014. Outra vez sem detalhamento, eles também foram incluídos no PAC. Foi a segunda vez em dez dias que a estatal divulgou investimentos incluídos no PAC sem informar seu destino.
Investidores e analistas estão recebendo com perplexidade anúncios de valores gigantescos sem que os projetos sejam apresentados em meio às dúvidas quanto à capitalização da companhia, que pode chegar a US$ 50 bilhões. O banco Itaú divulgou relatório alertando que a estatal poderia estar "se colocando em situação complicada ao se comprometer com investimentos que claramente comprometem a estrutura de capital".

Fonte: Valor Econômico/ Cláudia Schüffner, do Rio

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