O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, comentou ontem que a expectativa da Petrobras com relação à renegociação da cessão onerosa é de que a União pague à estatal um valor superior a US$ 12 bilhões. O ministro, contudo, não apresentou previsões ou estimativas do governo com relação ao processo.
De acordo com informações do ministério de Minas e Energia, ao ser questionado em entrevista concedida à agência de notícias Bloomberg se a União poderia pagar mais de US$ 12 bilhões à Petrobras, Coelho Filho comentou que a expectativa da empresa seria maior do que a cifra dita.
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"A discussão sobre a cessão onerosa ainda não está concluída. Logo, não há valor definido para ser pago", acrescentou o ministério, em nota, ao Valor.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou ontem que a empresa aguarda o governo para iniciar formalmente a renegociação da cessão onerosa e que espera concluir o processo o mais rapidamente possível. "Estamos aguardando o governo indicar os seus negociadores para que a gente possa começar o processo formal de negociação", disse ele a jornalistas, após participar de evento do Financial Times, em Nova York, "De nossa parte, estamos absolutamente preparados para começar e terminar o mais rapidamente possível essa negociação" completou.
Na última semana, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do ministério, Márcio Félix, afirmou, em evento no Rio de Janeiro, que o governo espera concluir a renegociação com a Petrobras até o fim do ano, para ser possível licitar no primeiro semestre de 2018, o volume excedente da cessão onerosa.
Félix reafirmou, na ocasião, que tudo indica que a estatal será credora no processo e que já está pacificado que, em confirmada essa condição, o pagamento pelo governo será em óleo. O secretário disse ainda que o volume de óleo e gás disponível na área da cessão onerosa é de pelo menos 10 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE), considerando o volume de 5 bilhões que já são da Petrobras.
No evento em Nova York, Parente também contou que a Petrobras fará "tão logo seja possível" o IPO (sigla em inglês para oferta inicial de ações) da BR Distribuidora, principal ativo do plano de desinvestimentos da companhia. Ele reafirmou a meta de desinvestimentos da estatal, de US$ 21 bilhões para o biênio 2017-2018 e lembrou que a empresa vai investir US$ 75 bilhões entre 2017 e 2021.
Fonte: Valor
