Do Rio - À semelhança do contrato negociado entre a Andrade Gutierrez e o Grupo Synergy, para arrendamento do estaleiro Mauá, a Petrobras também negocia o aluguel de uma área no Rio para a construção de plataformas. O contrato, em fase final de negociação, prevê o arrendamento de área de cerca de 300 mil metros quadrados no bairro do Caju, zona portuária do Rio, por 20 anos.
Ali operou por muitos anos o estaleiro Ishikawajima do Brasil (Ishibrás), que tinha o maior dique seco para a construção de navios e plataformas do país. No mercado comenta-se que a Petrobras vai pagar cerca de R$ 4 milhões por mês pelo arrendamento da área, que pertence à Companhia Brasileira de Diques (CBD), controlada por uma sociedade de propósito específico que tem como sócios a Inepar Administração e Participações (IAP), holding que controla a Inepar Indústria e Construções, e a Fator Empreendimentos.
Ontem, em Nova York, o governador do Rio, Sérgio Cabral, destacou a importância para o Rio e para a indústria naval brasileira do arrendamento dessa área pela Petrobras. As instalações do antigo Ishibrás, que precisam receber investimentos para operar, serão fundamentais para a produção de mais navios e plataformas no Estado. Com a retomada do estaleiro, que vem funcionando apenas para reparos nos últimos anos, abre-se também a possibilidade de criação de novos empregos no Estado, uma vez que a indústria naval é intensiva em mão de obra.
Em outubro de 2009, circulou informação segundo a qual a Petrobras teria aprovado o arrendamento das instalações do Ishibrás. Mas na época a Petrobras informou que, apesar de o assunto ter sido analisado em reunião de diretoria, ainda faltava um parecer da área jurídica para concluir a operação. Ontem uma fonte disse que ainda há pequenos detalhes sendo analisados.
Existe a possibilidade de o assunto ser tratado hoje em reunião de diretoria da Petrobras. Procurada, a empresa informou ontem, via assessoria, que não tinha nada a comentar sobre o arrendamento do Ishibrás. Depois de arrendada, a estatal deve oferecer a área para empresas fazerem a conversão de cascos de embarcações em navios-plataformas. (FG)
Fonte: Valor Econômico/
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