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Petrobrás nega atraso na contratação de sondas

RIO - O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, negou nesta terça-feira, 9, que o processo para a contratação de sondas pela estatal esteja atrasado, apesar de a abertura das propostas ter sido adiada por pelo menos cinco vezes desde o início do primeiro semestre deste ano. "Há tempo hábil, sim. A primeira sonda tem que ser entregue em 2017", afirmou.

Além disso, segundo ele, a decisão de pedir ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a anuência sobre a licença ambiental apresentada pelos estaleiros teve como objetivo reduzir o impasse e a insegurança jurídica dos projetos, já que havia uma série de recursos apresentados pelos concorrentes na licitação.

A Petrobrás exigiu que cada um dos sete grupos construtores que apresentaram propostas tivessem uma anuência do Ibama além da licença ambiental para instalação e operação concedida pelos órgãos estaduais. Alguns estaleiros argumentam que não há tempo hábil para o Ibama fazer a análise do projeto e o Estado do Espírito Santo chegou a ameaçar recorrer à Justiça caso o Jurong - que pretende se instalar no Estado - seja desclassificado por conta da exigência da Petrobrás.

"Não estamos pedindo que o Ibama avalie os projetos, estamos pedindo que o Ibama dê uma anuência sobre a licença concedida pelos Estados. Estamos garantindo que estas licenças não sejam contestadas", argumentou, dizendo que a Petrobrás possui ampla relação de companheirismo com o governo capixaba e não acredita que vá ter problemas quanto a isso. "Há uma zona cinzenta na legislação ambiental sobre qual órgão tem que conceder licença aos estaleiros. E não cabe à Petrobrás decidir sobre isso, definir sobre questões ambientais", disse.

Produção de óleo

O presidente da Petrobrás reconheceu ainda que a produção de óleo em território nacional vai ficar abaixo da margem de erro de 2,5% prevista na meta estabelecida previamente para o ano de 2010. "Nossa meta de produção era de 2,1 milhões de barris por dia, sendo 2,5% para cima, 2,5% abaixo. Neste ano, vamos ficar um pouco abaixo na margem de erro, ou seja, com uma produção ainda menor do que 2,5% abaixo da meta", disse. Ele destacou, porém, que a companhia estabelece em sua meta uma precisão "muito maior do que o de muita empresa de petróleo por aí".

Segundo Gabrielli, houve um número de paradas programadas em plataformas de produção em 2010 maior do que o esperado pela empresa, o que comprometeu a meta. O executivo não quis comentar os motivos do número elevado de paradas programadas.

Fonte:Agência Estado/Kelly Lima






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