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Petrobras quer dobrar produção de petróleo em 10 anos

RIO - O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse hoje que a conclusão bem-sucedida da capitalização da Petrobras vai afastar as incertezas sobre a capacidade da estatal de sustentar o plano de investimentos de US$ 224 bilhões até 2014. Segundo ele, com as novas estimativas de poços em análise, a conclusão da transferência dos barris previstos na cessão onerosa da capitalização e a declaração de comercialidade de campos como Tupi até o fim do ano, a Petrobras dobrará as suas reservas de petróleo, atualmente estimadas em 14 bilhões de barris. "Em dez anos, vamos dobrar a produção de óleo e gás e, com isso, dobrar nosso valor de mercado", afirmou.

O executivo fez palestra na Rio Oil & Gas hoje à tarde, num painel sobre a relação entre crescimento econômico e o aumento da demanda por combustíveis. Costa afirmou que a estatal está muito empenhada na produção de biocombustíveis para fazer frente a desafios, como a tendência de mudanças na matriz energética automotiva. Para ele, o crescimento do mercado de carros flex é um desafio para a companhia. Por isso, disse, a Petrobras "está trabalhando com muita garra e força na área do etanol, do biocombustível e de outras tecnologias".

Segundo Costa, os investimentos da Petrobras em refinarias, como a Abreu e Lima, em Pernambuco, e o complexo petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), tem como objetivo corrigir o descolamento entre o aumento da capacidade de produção e a de refino, acentuado pelas recentes descobertas do pré-sal.

Para Costa, esse descompasso expõe o País ao risco de não conseguir suprir o aumento de demanda por combustível, apesar da autossuficiência de produção, e citou especificamente o caso do óleo diesel.

"Precisamos aumentar nossa capacidade de refino e exportar produtos de maior valor agregado, gerando mais empregos", afirmou Costa. Ele disse que, além da expansão da capacidade de refino, está entre os desafios da companhia aumentar a margem de comercialização, incentivar novos produtos na petroquímica e intensificar os ganhos com sinergias em áreas como logística, aproveitando melhor a estrutura de empresa integrada.

Fonte: Agencia Estado/ALEXANDRE RODRIGUES


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