A Petrobras recebeu ontem as propostas técnicas e comerciais de empresas interessadas em construir no Brasil e alugar à estatal quatro sondas de perfuração de poços de petróleo. As propostas envolvem o afretamento em contratos de longo prazo de duas unidades do tipo semi-submersível e de dois navios-sonda. Cinco empresas apresentaram ofertas em parceria com estaleiros nacionais. Outras cinco companhias que haviam sido convidadas para o certame pela Petrobras não fizeram ofertas e estão fora da disputa.
O Valor apurou que a Queiroz Galvão apresentou proposta para afretar à Petrobras duas plataformas de perfuração semi-submersíveis. As unidades seriam construídas no estaleiro BrasFels, da Keppel Fels Brasil, em Angra dos Reis (RJ). O mesmo estaleiro foi relacionado como parceiro em propostas das empresas Etesco e Petroserv, ambas interessadas em construir e afretar unidades semi-submersíveis de perfuração à Petrobras.
Fontes que acompanham o processo disseram ainda que a empresa Odfjell fez oferta para o afretamento de dois navios-sonda que seriam construídos pelo consórcio Galvão e Alusa em estaleiro a ser construído em Quissamã, no Rio. A Etesco também teria apresentado proposta para construir dois navios de perfuração no futuro estaleiro da OSX. E a Saipem teria feito oferta para afretar quatro navios de perfuração, os quais seriam construídos no Eisa Alagoas, que ainda está na fase de projeto.
Procurada, a Petrobras disse que não comenta processos licitatórios em andamento. Agora, a Petrobras fará a análise das propostas e abrirá prazo para apresentação de recursos. Esta semana o diretor da área de serviços da estatal, Renato Duque, disse que o objetivo da empresa era abrir as propostas comerciais de três licitações de plataformas em curso ao mesmo tempo, assim que a área de exploração e produção da Petrobras concluísse a análise técnica das unidades de afretamento.
A companhia brasileira já recebeu propostas para outras duas licitações: uma para a construção de duas unidades de perfuração e outra que envolve lotes de plataformas com sete unidades em cada um. O mercado avalia que a estatal poderá contratar entre dois e três lotes no total.
Fonte: Valor Econômico/ Francisco Góes, do Rio
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