No último fim de semana, dezenas de funcionários da Schahin, hoje com nome de Base Engenharia, tiveram que desembarcar do navio-sonda Vitoria 10000 e entregá-lo às mãos da Petrobras. Era o último ativo da Schahin que gerava alguma receita para a empresa que está em recuperação judicial. Sem o navio, será quase impossível gerar qualquer tostão para pagar seus credores, a quem originalmente devia cerca de R$ 6 bilhões e a empresa reduziu 200 postos de trabalho em função da perda do Vitória. Nos corredores do Fórum João Mendes, onde tramita o processo de recuperação judicial da empresa, já tem se falado que a falência é questão de tempo caso os tribunais de São Paulo ou Brasília não revertam a situação.
A atenção de outras companhias envolvidas na Lava Jato, e que confessaram ter obtido contratos com a Petrobrás por meio de atos de corrupção, deve se voltar para o que está acontecendo com a Schahin. Isto porque este foi o primeiro caso em que a Petrobras declarou a nulidade de um contrato em função de crimes confessados e que foi reconhecido pela Justiça.
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Fonte: Estadão