A diretoria da Petrobras autorizou, na semana passada, que fossem retomada as negociações com a Sete Brasil, empresa fornecedora de sondas. A decisão atendeu a uma solicitação feita pela própria Sete Brasil, em uma audiência judicial em fevereiro.
Segundo a Folha de S. Paulo, a Petrobras não tem propostas sobre o preço de aluguel ou sobre o número de sondas, e pretende analisar o que eventuais propostas da Sete.
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No começo, o contrato entre a estatal e a fornecedora previa 29 sondas que seriam utilizadas para a exploração de reservas no pré-sal. Entretanto, a Petrobras decidiu que não iria necessitar de todos os equipamentos, em razão da redução do preço do petróleo e de sua crise financeira.
Em abril de 2016, a Sete Brasil pediu recuperação judicial, com dívidas de R$ 19,3 bilhões, e vem tentando negociar com seus credores desde então.
Neste ano, alguns de seus acionistas decidiram recorrer a arbitragem internacional para recuperar os prejuízos. A Petrobras identifica possíveis perdas de R$ 4,5 bilhões com os processos, movidos principalmente por fundos de pensão estatais, como o Petros, da petroleira.
Criada em 2010, a Sete também tem entre seus acionistas os bancos Santander e BTG, a americana EIG e os fundos Strong, Lakeshore, Luce Venture e FI-FGTS.
Na última sexta (23), a Petrobras afirmou em nota que "os resultados das tratativas, qualquer que seja, estará sujeito às normas de governança corporativa e conformidade da Petrobras, bem como à aprovação pelos seus órgãos competentes".
Fonte: GGN