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Petrobrás tem lucro de R$ 7,7 bilhões

Resultado, 23% superior ao do primeiro trimestre de 2009, foi atribuído às condições favoráveis do mercado; dívida, porém, continua alta
A valorização do petróleo e o crescimento da produção elevaram em 23% o lucro da Petrobrás, que fechou o primeiro trimestre de 2010 em R$ 7,726 bilhões. A dívida da estatal, porém, permanece em alta e o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, voltou a defender a necessidade de capitalização até julho, para que a empresa possa manter seu plano de investimentos de R$ 88 bilhões para 2010.
Houve bom desempenho em quase todos os indicadores no primeiro trimestre, que teve um preço de petróleo 73% superior ao do mesmo período do ano anterior, quando o mundo ainda sentia fortemente os efeitos da crise global. A receita líquida subiu 18%, para R$ 50,412 bilhões, e a geração de caixa aumentou 12%, para R$ 15,076 bilhões.
"Produzimos mais, vendemos mais no mercado doméstico, exportamos mais e os preços lá fora foram muito maiores", resumiu Barbassa, ao comentar as razões para o bom desempenho. A produção cresceu 3%, para 2,547 milhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás) por dia - deste total, 2,302 milhões de barris por dia foram extraídos no Brasil.
Balança comercial. Apesar da alta nas vendas internas de combustíveis, de 15%, a companhia conseguiu fechar o trimestre com exportações líquidas de 126 mil barris por dia, com lucro de US$ 726 milhões em sua balança comercial. Houve, no entanto, grande crescimento nas importações de gasolina, de 23%, por conta dos problemas enfrentados na entressafra de cana-de-açúcar no País.
"Diante das perspectivas de aumento da produção, a tendência é que o saldo comercial continue bom", adiantou Barbassa. A companhia prevê a entrada de três sistemas de produção com capacidade total de 400 mil barris por dia no Brasil este ano. Além disso, inaugura um projeto de produção nos Estados Unidos, com 80 mil barris por dia.
A Petrobrás manteve forte ritmo de investimentos no trimestre, aplicando R$ 17,753 bilhões, volume 23% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2009. Os aportes foram feitos com base em mais endividamento, uma vez que a companhia gerou R$ 2,7 bilhões a menos do que investiu. A dívida cresceu para R$ 108,197 bilhões, alta de 7% com relação ao fim de 2009.
Com maior dívida, a Petrobrás vem se aproximando do limite de 35% de alavancagem estipulado em sua política financeira: no dia 31 de março, a alavancagem estava em 32%. Assim, o novo plano de negócios em elaboração, que prevê investimentos de até US$ 220 bilhões, só será possível se a companhia se capitalizar.
"Não podemos adiar a capitalização, porque temos programação de investimentos este ano de R$ 88 bilhões. Poderíamos financiar, mas a companhia achou que é o momento de trazer capital próprio e não ultrapassar os limites de alavancagem", comentou Barbassa.
Segundo ele, a empresa mantém o mês de julho como prazo final para o processo, mesmo que não haja aprovação dos projetos de lei do pré-sal no Congresso. "Se não houver aprovação, a cessão onerosa não será feita. Mas a capitalização não depende da lei do pré-sal, desde que siga as regras da Lei das S/A", disse o executivo, ressaltando que essa não seria a melhor alternativa.
Ao mesmo tempo, a companhia vem tomando medidas para ampliar o fluxo de caixa, como a busca por novas reservas perto de plataformas de produção já instaladas.

Fonte: Nicola Pamplona / RIO - O Estado de S.Paulo


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