A estatal foi uma das nove empresas que depositaram garantias financeiras de R$ 156 milhões para fazer lances no leilão do campo de Libra, na bacia de Santos, que será vendido no dia 21.
A Petrobras já tem garantida participação de 30% no consórcio vencedor do leilão, segundo a lei que instituiu o regime de partilha no país.
O depósito indica que a estatal quer aumentar essa fatia, apurou a Folha.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura Adriano Pires, a tendência é que a Petrobras fique com entre 50% e 60% do campo de Libra, para sustentar o discurso do governo "de que o petróleo ainda é nosso".
A tendência é que a Petrobras feche consórcio com empresas chinesas. A dúvida é se irá com Cnooc, CNPC, Repsol/Sinopec (consórcio que já atua no Brasil) ou com as três. Com o caixa apertado, a estatal brasileira teria sua parte coberta pelas capitalizadas empresas chinesas, e pagaria em petróleo.
"Dessa maneira o governo consegue o caixa que precisa para fechar o ano e ainda rebate as acusações de privatizar o pré-sal", afirma Pires.
Onze empresas já haviam pago a taxa de participação no leilão, de R$ 2 milhões, porém apenas nove apresentaram garantias anteontem, último passo antes do leilão.
Segundo o diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo) Hélder Queiroz, a ausência do depósito por parte de duas empresas não quer dizer que elas desistiram da disputa. Ele espera a formação de dois a três consórcios -já o governo trabalha com uma margem de um a quatro.
Queiroz afirmou que as empresas que não depositaram garantias foram classificadas como operadoras classe B, que não possuem experiência em águas profundas.
Estão nessa categoria a portuguesa Petrogal, a hispano-chinesa Repsol/Sinopec, a colombiana Ecopetrol e a japonesa Mitsui.
O consórcio que vencer o leilão terá que depositar na conta do governo em novembro R$ 15 bilhões, referentes ao bônus de assinatura. Esses recursos ajudariam o governo a fechar o ano dentro da meta do superavit. Petroleiros e outros movimentos sindicais prometem uma batalha jurídica contra o leilão de Libra, cuja venda é considerada por eles uma traição por parte da
presidente Dilma Rousseff.
Na campanha de 2010, ela prometeu não privatizar o pré-sal, argumentam, e agora cobram que cancele o leilão.
Fonte: Folha de São Paulo/DENISE LUNA DO RIO
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SANTOS QUEBRA RECORDE E SUPERA MARCA DE 11 MILHÕES
O Porto de Santos bateu recorde absoluto de movimentação de cargas, superando pela primeira vez a casa de 11 milhões t. Com o total de 11,538 milhões t operado em agosto, quebra a então maior marca, registrada em agosto de 2012, de 10,547 milhões t, com aumento de 7,7%.
capa santos quebra recorde e supera marca de 11 milhões.jpgA forte demanda e o desempenho do complexo garantiram, também, o recorde no movimento acumulado com 75,605 milhões t, 12,6% a maior que igual período do ano passado. Com o total parcial até agosto mais a previsão do último quadrimestre do ano, a estimativa é de se fechar 2013 com 112,619 milhões, acusando crescimento de 7,7%, o mesmo verificado no movimento acumulado mais recente.
A exportação permanece como a principal responsável pela alta, com participação de 70,39% do total movimentado e crescimento de 16,5% no período, contra um reduzido incremento de 4,4% na importação.
Principal responsável, com cerca de dois terços de toda carga operada no Porto de Santos, o açúcar chegou a 12,860 milhões t até agosto, com elevado crescimento de 36,9%. O chamado complexo soja, englobando a carga em grão e farelo, alcançou total de 14,423 milhões t no mesmo período, registrando aumento de 13,8%. Outros produtos com destaque na pauta de exportação pelo significativo aumento foram o álcool e o milho, com altas de 36,2% e 28,0%, respectivamente.
Nas importações, o produto de maior participação foi o adubo, que alcançou 2,146 milhões t, com aumento de 4,3%. A carga com maior crescimento apurado no período foi o minério de ferro, com elevação de 48,9%.
A movimentação de contêineres também registrou novos recordes mensal e acumulado, chegando a 204.579 unidades em agosto, elevando o total até agosto para 1.394.059 unidades. O mensal superou em 8,8% a maior marca, verificada em agosto do ano passado. O total em teu chegou a 2,212 milhões, responsável por uma movimentação de 22,938 milhões t, 30,33% do movimento global do porto de Santos até agosto.
O total de navios até agosto atingiu 3.512 atracações, registrando queda de 5,9% em relação a igual período de 2012. A redução no total de atracações representa ganho de 19,63% na consignação média da carga.
O Diretor-Presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Barco, destaca que ações da Secretaria de Portos (SEP) como a dragagem, o novo viário, a crescente produtividade de terminais e a intensificação da logística têm garantido a Santos bom desempenho frente à elevada demanda. “Alcançamos quase 11,4 milhões t em um único mês sem que o complexo acusasse sobrecarga no atendimento”, lembra Barco, garantindo que o Porto é suficiente para operar até 140 milhões t no ano, devendo expandir essa capacidade com a conclusão das obras de infraestrutura em andamento e previstas, aliada a plena capacidade dos novos terminais que aqui se instalaram.
A participação de Santos na corrente comercial do país alcançou US$ 81,8 bilhões, equivalente a 25,8% do total brasileiro, com incremento de 3,41% em relação ao acumulado até agosto do ano passado. As exportações somaram US$ 41,8 bilhões e as importações US$ 40,8 bilhões. A China permanece na liderança do ranking dos parceiros comerciais de Santos nos dois fluxos.
Fonte: Ascom Codesp
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