Focada no pré-sal, a Petrobras vê desde 2010 a perda de eficiência de seus campos do pós-sal da bacia de Campos, a maior produtora do país.
Para recuperar os barris perdidos, a estatal terá de investir US$ 5,1 bilhões, mas espera obter um retorno de até US$ 3,3 bilhões em receitas geradas pela maior produção.
O valor já desconta as despesas para ampliar o volume a ser produzido. Só com o ganho de eficiência, a estatal prevê aumentar a extração de óleo em 150 mil barris por dia, cerca de 10% do que é extraído hoje da bacia de Campos.
O retorno é aguardado de dois a três anos, mas os primeiros resultados positivos já vão aparecer em meados de 2013, segundo a empresa.
"Trata-se de uma ação preventiva nos campos mais novos, para evitar uma perda de eficiência no futuro, e de outra ação para corrigir um problema nos campos mais antigos, nos quais o desempenho está abaixo do que queremos", disse à Folha o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli.
Para ele, "não é aceitável" a companhia operar com o índice atual de eficiência de 70% na bacia de Campos. A meta, afirma, é ampliar esse percentual para 90% em mais dois a três anos.
Segundo Formigli, os custos e despesas para aumentar a produção e revitalizar os campos compensam. Dependendo do preço futuro do petróleo, a receita líquida a ser gerada com a produção adicional pode oscilar de US$ 1,6 bilhão a US$ 3,3 bilhões, já descontados os custos.
ESTABILIDADE
Enquanto o ganho de eficiência não surge e novos poços estão em fase de aumento contínuo da produção, a Petrobras viverá em 2013 mais um ano de extração de óleo próxima da estabilidade.
Desde 2010, a produção não cresce. A estimativa é que fique, como em 2012, perto de 2 milhões de barris diários.
Passada essa fase, a produção voltará a crescer de modo significativo, afirma.
O executivo cita dados de sucesso nas perfurações da estatal: ocorreram descobertas de óleo e gás em 80% dos poços concluídos na nova fronteira exploratória.
Fonte: Folha de São Paulo/PEDRO SOARES
DO RIO
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