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Petroleiras contratam mais sistemas automatizados

Da produção e exploração de campos de petróleo à distribuição de combustíveis, a automação tem ganho espaço na agenda das empresas que atuam na área, seja para otimizar processos, seja para aumentar a segurança e reduzir custos. Com a exploração gradual da camada pré-sal, distante cerca de 300 quilômetros da costa, o que deverá exigir um novo modelo de exploração e o envio de um menor contingente de trabalhadores às plataformas, a automação avançará ainda mais na cadeia de óleo e gás nas petroleiras e fornecedoras de equipamento brasileiras.

Esse cenário causa otimismo para o empresário Roberto Macedo, sócio da Armtec, companhia nacional de alta tecnologia que desenvolve sistemas de robótica para os setores de energia e defesa. Apenas em robótica submarina, entre 2009 e 2010, foram gastos entre US$ 300 a US$ 600 milhões por petroleiras brasileiras. "O potencial é imenso", diz Macedo.

Em conjunto com universidades do país e órgãos do governo, a empresa vem desenvolvendo uma série de novas tecnologias que deverão ganhar o mercado em breve. Nesse ano, será lançada a quarta geração de robôs que podem atuar no controle de incêndios em plataformas ou plantas industriais, com capacidade para despejar 4.200 litros de água por minuto. A nova geração é mais leve, permite maior controle e segurança e possui quatro horas de bateria, mais que o dobro do anterior.

"Há grande potencial de que isso seja usado na indústria de óleo e gás, no setor nuclear e na indústria naval, que estão crescendo", aponta Macedo. Hoje a Armtec não fatura nem R$ 1 milhão, mas ele estima que as vendas poderão chegar a R$ 50 milhões em cinco a dez anos, apenas dos robôs que combatem incêndio. Outro segmento que está sendo observado de perto é o da indústria de defesa. Com uma área que se estende por 4,5 milhões de quilômetros quadrados, quase metade do território nacional, a chamada Amazônia Azul ganhou relevância no cenário internacional com a descoberta da camada de pré-sal, que deverá converter o Brasil em um dos maiores exportadores mundiais de petróleo.

Nesse contexto, ganha destaque o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), um conjunto de satélites, sensores, radares, câmeras e outros equipamentos para monitorar a costa brasileira. "Os robôs submarinos podem ter muita saída, estamos conversando com grandes indústrias de defesa brasileira, para que possamos ter uma produção seriada de equipamentos", ressalta Macedo.

Para vencer o desafio de explorar petróleo a profundidades de até sete mil metros, a Petrobras vem investindo cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento. Entre 2003 e 2005, antes do pré-sal, a empresa investiu pouco mais de US$ 280 milhões anuais em pesquisa e desenvolvimento; entre 2010 e 2012, o orçamento anual saltou para US$ 1,2 bilhão, sendo que cerca de metade desse montante vem sendo direcionado a projetos na área de produção de óleo e gás. O esforço na área vem sendo compensado: o tempo de perfuração de um poço no pré-sal já caiu 50% desde 2006. À época, a média era de 134 dias para a perfuração, sendo que hoje isso é feito em 70 dias.

"Desde a década de 1980, a automação tem ganhado espaço, com a integração de sistemas que possibilitem maior otimização, segurança e rentabilidade. Essa tendência será crescente com o pré-sal, em que as plataformas estarão distantes 300 quilômetros da costa e a perfuração terá de ocorrer a sete mil metros de profundidades, o que exigirá novos modelos que usem menos pessoas e mais supervisão remota. Isso pode fazer com que muitas linhas de pesquisa propiciem desenvolvimento local de produtos", afirma André Maitelli, coordenador do Laboratório de Automação em Petróleo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que reúne cerca de 30 pesquisadores e é um dos parceiros da estatal no desenvolvimento de novas tecnologias.

Fonte: Valor Econômico/De São Paulo






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