RIO DE JANEIRO - Num contato exclusivo com Fábio Guilherme Torres - o imediato (subcomandante) do João Cândido, primeiro navio lançado ao mar pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), a Folha teve acesso às informações sobre a etapa de finalização do petroleiro Suezmax, que está acontecendo no cais de acabamento, no próprio Porto de Suape. Um pouco antes do lançamento ao mar do primeiro navio do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota) no Rio de Janeiro, Torres contou que estão sendo feitos os serviços de conclusão na parte de fiações, acomodamentos e equipamentos. “Sem esse trabalho final não há condições de a embarcação navegar”, frisou. O presidente do EAS, Angelo Belellis, trabalha para que esse processo termine no segundo semestre deste ano, com o objetivo de entregar a encomenda à Transpetro (subsidiária da Petrobras e responsável pela demanda) no próximo mês de agosto.
Atualmente, mesmo com a presença de chuvas, é possível terminar o trabalho na praça de máquinas, na parte de habitação, área de tanques, que ficam na parte interna do petroleiro. O João Cândido tem seu produto de exportação armazenado em 12 tanques. O óleo cru do petróleo é puxado por três bombas de carga, que ficam numa casa de bombas, e descarregado para os terminais. Cada bomba de carga dispõe de uma vazão de quatro mil metros cúbicos por hora. Ainda no que diz respeito ao acabamento, a parte de solda (que fica na área externa da embarcação) é que não pode ser feita durante a chuva. Os serviços vêm sendo realizados com frequência pelos trabalhadores do EAS. Antes da entrega, o navio ficará aproximadamente um mês passando por testes de carregamento e descarregamento dentro do Brasil. “É uma prova que fazemos no mar para ver como está navegando”, explicita o subcomandante. Espera-se que após esse período a embarcação já passe a exportar petróleo pelo mundo.
Enquanto isso, a tripulação que acompanhará as viagens do Suezmax - composta por 19 pessoas - faz cursos de reciclagem, aperfeiçoamento no Rio de Janeiro. Fábio Guilherme Torres, por exemplo, vai para Pernambuco até duas vezes por mês. “Devo estar (em Suape) no fim de julho”, conta.

Fonte: Folha de Pernambuco/PAULO MARINHO

PUBLICIDADE