Rio - O setor de petróleo e gás, mais do que movimentar a economia de diversos municípios e estados, se transformou em um dos grandes empregadores, com cerca de 40 mil pessoas envolvidas em alguma das atividades que integram o segmento.
Plataformistas, sondistas, operadores subaquáticos (mergulhadores), nutricionistas, médicos e profissionais de seguraça do trabalho são algumas das profissões que ganharam espaço. Também a indústria naval foi beneficiada com a construção de plataformas e navios, gerando ainda mais oportunidades de trabalho.
Segundo Márcia Dórea, supervisora técnica do Centro de Referência em Petróleo e Gás do Senai,existe uma demanda de mão de obra. " Diversos setores estão carentes de mão de obra qualificada, principalmente os setores naval e de petróleo e gás. Estes setores em destaque estão aquecidos devido aos grandes investimentos na área e à descoberta de novas reservas no país", revela.
Mas as chances de emprego exigem um profissional altamente capacitado para atuar tanto em petróleo e gás, assim como na indústria naval. " O nível de escolaridade dependerá do setor de atuação. Os níveis exigidos vão desde o básico até o superior com especializações. Para o início, o ideal é se especializar na área fazendo um curso técnico ou de qualificação profissional para se ter mais chances de inserção no mercado", orienta Márcia Dórea.
A descoberta do pré-sal aqueceu ainda mais o segmento, determinando a criação de novos cursos para atender as exigências deste nicho, que requer pessoal muito mais qualificado, o que levou o Senai a aumentar os cursos oferecidos.
"A descoberta de grandes reservas no pré-sal e a possibilidade de se explorar em condições adversas é um grande desafio para todas as empresas envolvidas. Não só em tecnologia, mas principalmente em mão de obra. A demanda de profissionais nesta área aumentou muito nos últimos anos, fazendo com que o Senai ampliasse seu portfólio, com a criação de novos cursos, instalações e laboratórios específicos, materiais didáticos atualizados e docentes de ponta para formar profissionais qualificados para atender às empresas do setor", diz a supervisora da instituição.
Junto com a capacitação é fundamental para quem pretende ingressar na área, ter conhecimento do inglês. "Devido a transferência de tecnologias e a entrada de diversas empresas estrangeiras para atuarem neste setor, a língua inglesa se tornou ferramenta fundamental para este setor", comenta a especialista.
A área de petróleo e gás tem um grande atrativo: os salários pagos. Em média, ficam na faixa de R$ 6 mil a R$ 9 mil.Entretanto, não todas as pessoas que têm condições de trabalhar no setor.
"O setor de petróleo e gás é bem extenso e complexo e engloba outros setores e diversas atividades. Hoje, existem muitos cursos sendo oferecidos no mercado. É de suma importância que a pessoa pense, analise e pesquise sobre aqueles que lhe despertam interesse. Primeiramente, fazer um curso que lhe dê o conhecimento/visão geral do setor de petróleo e gás é fundamental. A partir desta visão, o profissional pode iniciar um processo de especialização para ter mais chances de colocação no mercado. Para isso, o primeiro passo, sem dúvida nenhuma, seria fazer um curso técnico, pois hoje a demanda por profissionais técnicos é bem significativa. Segundo, é fazer uma língua estrangeira, o que aumentará muito sua colocação. Uma vez atuando no setor, fazer uma graduação é imprescindível para quem está em busca de desafios e pretende atingir cargos mais complexos. Ser uma pessoa bem atualizada com as tecnologias e inovações do mercado também é importante", conclui.
Fique por dentro
Setor de petróleo
A região Norte do Estado do Rio emprega 24.355 trabalhadores. A capital é a segunda maior empregadora, com 16.999 postos de trabalho, seguida da Baixada Fluminense, no entorno de Duque de Caxias, com 3.077. Em todo o estado há 46.096 empregados no setor, com salário médio de R$ 9.144,61. O segmento conta com 206 estabelecimentos no estado do Rio.
A capital é a região que paga melhor no setor de Petróleo, com salário médio de R$ 11.264,35. A região Sul registra os melhores salários pagos aos trabalhadores com formação de Ensino Médio completo (em média, R$ 9.032,17). Aqueles que têm escolaridade mais alta (Ensino Superior) recebem, na Capital, o maior valor pago neste segmento (em média, R$ 12.626,83).
Setor de gás
A cidade do Rio de Janeiro emprega 5.403 trabalhadores. A Baixada Fluminense, no entorno de Duque de Caxias, é a segunda maior empregadora, com 1.501 postos de trabalho, seguida da região Norte, com 506. Em todo o estado há 7.948 empregados no setor, com salário médio de R$ 6.755,04. O segmento conta com 172 estabelecimentos no estado do Rio.
A capital é a região que paga melhor no setor de gás, com salário médio de R$ 8.706,91, e a região Norte registra os melhores salários pagos aos trabalhadores com formação de Ensino Médio completo (em média, R$ 4.308,66). Aqueles que têm escolaridade mais alta (Ensino Superior) recebem o maior valor pago neste segmento (em média, R$ 10.019,69).
Fonte: O Dia Online/POR ANTÔNIO PUGA
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