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Plano do pré-sal supera cotação barril, admite Petrobras


A Petrobras divulgou, ontem, terça-feira (6), nota reconhecendo que o planejamento da produção do pré-sal considerou um valor mínimo que, dependendo do projeto, pode ficar acima da atual cotação de petróleo, o que, em tese, torna a atividade fonte de perda, caso o barril persista abaixo de US$ 50.

A estatal alega, porém, que a extração crescerá "de modo economicamente viável".

Desde o início da semana, a cotação vem ficando ao redor - pouco acima ou abaixo– de US$ 50 no mercado internacional. Nesta terça (6), o barril do petróleo tipo Brent, comercializado em Londres, fechou cotado em US$ 51,10, com queda de 3,78% em relação ao dia anterior. Desde 2009, depois da crise mundial, a cotação não havia estado nesse patamar.

De acordo com a estatal, o preço mínimo viável de exploração de petróleo no pré-sal é de US$ 45, incluídos tributos, podendo ir a US$ 52, considerando a infraestrutura necessária para escoar gás.

A produção acima do esperado, que tem sido obtida em alguns poços, porém, diluiria os custos, trazendo o pré-sal de volta à viabilidade econômica.

Segundo a Petrobras, os projetos consideraram que cada poço permitiria uma extração diária entre 15 mil e 25 mil barris de petróleo, mas, também de acordo com a empresa, "alguns poços do pré-sal têm alcançado vazão superior a 30 mil barris de óleo por dia".

É o que acontece nos campos de Sapinhoá e Cidade de Paraty, em que quatro poços têm permitido extrair diariamente 120 mil barris, diz a empresa.

A Petrobras afirma, ainda, que os custos dos equipamentos e serviços da indústria de petróleo acompanham o preço do barril -portanto, a queda na cotação vai aliviar as despesas com os projetos do pré-sal.
De acordo com a estatal, os custos serão aliviados também com os programas de eficiência operacional em andamento na companhia.

A empresa destaca, também, que os projetos consideram uma "visão de longo prazo, não só para os preços, como também para todos os demais insumos e custos dos projetos".

Fonte: Folha de São Paulo/SAMANTHA LIMA DO RIO






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