Um dos candidatos a ser usado na capitalização da Petrobrás, reservas do poço superam projeções iniciais da agência
BRASÍLIA - O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse nesta terça-feira, 6, que os estudos iniciais feitos pela certificadora Gaffney, Cline & Associates (GCA) na camada pré-sal já sinalizam que as reservas do poço Franco, um dos candidatos a ser usado na capitalização da Petrobrás, devem superar as projeções iniciais da Agência. A ANP inicialmente calculava que o poço teria 4,5 bilhões de barris de petróleo. "Pode ser mais do que isso. As últimas notícias que temos é de que aumentaram os nossos prognósticos", disse.
Com isso, Lima afirmou que o poço Franco "está cada vez mais próximo" de ser definido como o poço que será usado na cessão onerosa que a União fará de reservas de 5 bilhões de barris de petróleo à Petrobrás dentro do processo de capitalização da empresa.
Com relação à afirmação feita hoje pela liderança do governo na Câmara de que a Casa só deverá votar após as eleições o projeto que estabelece o sistema de partilha da produção no pré-sal, Lima disse que, se esse prognóstico for confirmado, o primeiro leilão de áreas do pré-sal só poderia mesmo acontecer em 2011. "Mas o pessoal acha que a batalha ainda não está perdida", disse.
Ele deixou há pouco o gabinete do senador Edison Lobão (PMDB-MA), onde conversou sobre outra questão. Lima está preocupado com a demora do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em aprovar a realização pela ANP da 11ª rodada de licitações de áreas de produção petrolífera. Nessa rodada, não estariam incluídos campos do pré-sal, mas, principalmente, áreas de pouca produtividade, com destaque para campos em terra.
Lobão era ministro de Minas e Energia quando ficou definido que o CNPE se reuniria em junho para aprovar a rodada, o que não aconteceu. Lima disse que espera que o CNPE se reúna ainda no começo deste mês para aprovar o leilão. Isso feito, acrescentou, o edital seria publicado pela Agência imediatamente e o leilão ocorreria em um prazo de três meses. "Não queremos deixar para dezembro. Se for para fazer a licitação até o início de novembro, ainda está bom. Se deixar para dezembro, preferimos fazer em janeiro", disse Lima.
Fonte: Agência Estado/Leonardo Goy
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