Após quatro anos de sua inauguração o pólo industrial naval de Rio Grande (RS) já é uma realidade e com perspectiva de ser o mais competitivo do país. Atualmente, o empreendimento conta com dois estaleiros (Quip e Ecovix), já em operação, e do Wilson Sons que já recebeu, recentemente, a liberação da licença ambiental. Isso sem mencionar o estaleiro EBR, no município ao lado (São José do Norte), que irá agregar mais valor ao pólo na atração de novos investimentos e empresas, principalmente da cadeia produtiva, conforme disse nesta quinta-feira ao MONITOR MERCANTIL o prefeito peemedebista Fábio de Oliveira Branco, acrescentando que os investimentos iniciais do empreendimento foram cerca de R$ 10 bilhões em contratos com a Petrobras, e algo em torno de R$ 2 bilhões dos estaleiros (Quip R$ 500 milhões; Ecovix R$ 1 bilhões e Wilson Sons R$ 500 milhões).
- O município de Rio Grande está passando por uma grande transformação a partir da implementação do pólo naval. Primeiro, em termos de visibilidade do município, tanto do porto, de seu calado, que está batendo todos os recordes, além de ter uma área retroportuária invejável, que nós estamos sabendo aproveitar as oportunidades que a Petrobras tem nos dado - disse, acrescentando que, a partir dessa conjuntura, está sendo possível gerar emprego e renda de forma perene no município: "o pólo foi um divisor de águas a partir da construção da primeira plataforma P-53, que foi um aprendizado muito importante da atividade metal-mecânica totalmente novo em nossa região".
O prefeito Fábio Branco, que esteve visitando nesta quinta-feira na sede do Sinaval, no Rio, fez questão de ressaltar que o pólo de seu município está construindo as plataformas P-55, P-63, P-58, além do processo de construção inicial de oito cascos em seu dique seco para a Petrobras. Todos esses empreendimentos, segundo ele, estão gerando 7.500 empregos diretos e com perspectiva para os próximos meses de chegar a 10 mil empregos diretos.
- O trabalho que estamos fazendo junto com o governo do Estado do Rio Grande do Sul visa a dar cada vez mais competitividade ao pólo para que tenha uma condição futura de competitividade de longo prazo, dando oportunidade de desenvolvimento dos riograndinos para que sejam inseridos nesse processo.
Branco disse ainda que um fator importante no pólo e a capacitação profissional dos riograndinos. Segundo ele, essa é uma equação que precisa resolvida.
- Temos que somar esforços, governos federal, estadual e municipal, além do Sinaval, que representa as indústrias, para que possamos aproveitar esse bom momento e transformar esse projeto do pólo para que seja cada vez mais competitivo no futuro - disse, informando que os contratos com a Petrobras somam cerca de R$ 10 bilhões, gerando cerca de 15 mil empregos diretos e algo em torno de 35 mil indiretos. O pólo industrial naval do Rio Grande terá capacidade de processar cerca d 200 mil toneladas de aço/ano.
Fonte: Monitor Mercantil
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