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Polo naval cria mais 4 mil empregos na Baía de Aratu

 

Governo vai abrir programas para capacitação de trabalhadores


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Foi anunciada ontem a construção de quatro canteiros, na Baía de Aratu, para a fabricação de moldes de plataformas de petróleo. Os empreendimentos criarão um total de 4 mil empregos diretos.

De acordo com o secretário extraordinário da Indústria Naval e Portuária do estado, Roberto Benjamin, a intenção é que todos as vagas sejam preenchidas por trabalhadores locais. “Temos uma boa mão de obra, mas se não investirmos na qualificação dos trabalhadores haverá uma invasão de pessoas de outros estados”, afirma.

Benjamin informou que diferentes secretarias do governo estão trabalhando para criar cursos de qualificação, que contarão com recursos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo e Gás Natural (Prominp) e serão oferecidos por instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Canteiro de São Roque constrói hoje duas plataformas para a Petrobras, a P-59 e P-60

INVESTIMENTOS

Os canteiros serão implantados por quatro empresas: as baianas Belov Engenharia e GDK, a mineira Multitek e a paulista Niplan. Cada uma deverá ter, aproximadamente, 100 mil metros quadrados e empregar mil funcionários. O investimentototal deve chegar a R$200 milhões. O canteiro da GDK é o que receberá o maior aporte, com aproximadamente R$ 100 milhões.

Os outros três terão recursos da ordem de R$ 30 milhões cada. Os canteiros se dedicarão aconstruir módulos de plataformas off shore, que são as diferentes partes que compõem as plataformas marítimas da Petrobras.

POLO NAVAL

Os canteiros se juntarão a um já em operação, o São Roque do Paraguaçu, em Maragojipe, de propriedade do consórcio formado pelas empreiteiras Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia. O canteiro está construindo duas plataformas para a Petrobras e conta hoje com dois mil funcionários.

Com os quatro mil a serem criados com os novos empreendimentos, o polo naval chegará a seis mil postos de trabalho. A força total pode chegar a 14 mil funcionários caso o consórcio do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, também em Maragojipe, ganhe a concorrência para construir navios-sonda para a estatal brasileira do petróleo. Se concretizado, o projeto do estaleiro criará mais de 8 mil empregos.

DEMANDA

Embora ainda não haja contratos firmados entre a Petrobras ou seus fornecedores e as empresas que estão investindo no polo, segundo o governo baiano e a própria Petrobras, é certo que eles virão. Segundo o gerente de implementos da companhia, Ricardo Barbosa, a empresa tem um projeto de plataforma fixa que pode ser construído em São Roque do Paraguaçu.

“A probabilidade é muito grande que esse projeto venha para a Bahia”, afirmou. Se isso ocorrer, serão criados 1,2 mil empregos e as obras devem começar já em janeiro de 2011. O gerente geral de Exploração e Produção da Petrobras na Bahia, Antônio Rivas, concorda.

Para ele, é garantido que os novos canteiros baianos receberão encomendas. “Isso é certo”, afirmou. Segundo Rivas, a estatal possui dois projetos de plataformas que seguirão para Sergipe e devem ser construídas aqui. “O mais lógico, do ponto de vista logístico, é que elas sejam feitas na Bahia”, disse.

Segundo ele, esse investimento incrementará ainda mais a atuação da estatal no estado. A Petrobras vem investindo R$ 1 bilhão por ano em exploração e produção na Bahia. Há 110 poços em operação hoje e a previsão é de mais 39, em mar, nos próximos cinco anos.

Fonte: Correio da Bahia/Pedro Levindo

 






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