O setor naval do Amazonas ainda contabiliza dados para o ano de 2015 e faz suas perspectivas para 2016, mas o início do ano já apresenta algumas marcas que devem afetar a indústria naval no período. Alta do dólar e uma ameaça de paralisação deram o tom na primeira quinzena. A falta de um assento no Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) e mais atenção por parte do Governo do Estado, serão algumas das lutas que o setor deve enfrentar.
A alta do dólar causou o primeiro impacto do ano, restringindo maiores e novos investimentos no setor, conta o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Naval de Manaus (Sindnaval), Matheus Araújo. “A alta da moeda americana, impossibilita a compra de aço, matéria prima essencial à indústria, o que, em efeito cascata, pode causar a perda de vagas de trabalho”, conta.
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O setor ainda foi impactado com o agravamento da crise da Petrobras em meados de 2015. “Não estamos ligados diretamente a estatal, mas a Petrobras é responsável por grandes demandas e a crise com o tempo, pode gerar redução em novos contratos”, finaliza.
Apesar de certa estabilidade, o presidente do Sindnaval não vê o setor em águas tranquilas. “Buscamos um assento no CDFMM (Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante)para garantirmos acesso mais fácil a recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outros financiadores”, conta.
Fonte: Portal Amazônia