A diretoria do Complexo de Suape, apresenta hoje ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP), o projeto finalizado do seu novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Elaborado pelo consórcio Planave/Projetec, com consultoria do Porto de Roterdã (Holanda), um dos destaques do projeto é a destinação de uma área de 634 hectares para a implantação de um cluster naval. Pernambuco está na disputa com outros Estados ? como Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul ? para abrigar novos estaleiros.
?Nossa ambição é ser o maior polo naval do País. Por isso, os senhores que estão tomando a decisão de onde vão colocar seus investimentos precisam correr, porque depois pode não ter mais área em Suape?, alertou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, durante sua apresentação no seminário Pernambuco Business.
O governador Eduardo Campos também destacou a inserção de Pernambuco na disputa. ?Os outros (Estados) estão especulando e nós também fazemos parte dessa concorrência. Mas a verdade é que só existe estaleiro com encomenda. O resto é conversa fiada. Na quinta-feira nós vamos anunciar um projeto real, que já está na mão, porque os investidores venceram uma encomenda da Petrobras?, comemora, dizendo que se trata de um projeto de R$ 300 milhões e com capacidade de geração de 2.500 empregos. Bezerra Coelho diz que o consórcio assina hoje com a Petrobras o contrato para a construção de sete navios-sonda.
De acordo com o secretário, desde agosto a diretoria do complexo vem sendo procurada por empreendedores da indústria naval interessados em conhecer melhor o Complexo de Suape e as vantagens oferecidas pelo governo do Estado. ?Temos pelo menos três propostas, além do estaleiro do consórcio Galvão-Alusa?, revela.
Além da área para o cluster naval, o novo PDZ também prevê um área na Ilha de Cocaia para a implantação de um terminal de minérios e a possibilidade de construção de 15 quilômetros de cais na área portuária e 631 hectares de espelho d?água. ?O projeto de viabilidade econômica do terminal de minérios foi concluído e vamos encaminhar à Antaq em novembro?, diz Bezerra Coelho, lembrando que em acordo com órgãos ambientais e do patrimônio histórico só vai utilizar metade da ilha para a realização do projeto.(Fonte: Jornal do Commercio/PE/Adriana Guarda)
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