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Polo naval tenta evitar mazelas do pré-sal

Rio Grande (RS), responsável pela construção das plataformas, combina perspectiva de bonança e medo de favelização

Em dez anos, cidade verá população dobrar, frota de carros triplicar e posição pular de 7º para 3º maior PIB do RS

Cidade mais antiga do Rio Grande do Sul, o município de Rio Grande já sente os primeiros efeitos do pré-sal, mesmo a milhares de quilômetros da região petrolífera mais promissora do mundo.
Com pouca estrutura e espaço limitado de expansão na região central, Rio Grande já convive com engarrafamentos, hotéis lotados e filas no comércio. É o preço que começa a pagar por abrigar o polo naval onde começam a ser fabricadas plataformas para a produção no pré-sal.
A população de 205 mil habitantes chega a flutuar para cerca de 240 mil, como foi visto em 2008, no auge das obras da plataforma P-53.
Depois disso, houve um breve hiato, mas, desde o mês passado, com a conclusão do estaleiro Rio Grande, o movimento de operários e empresários chegando à cidade não para de crescer.
Rio Grande tenta não repetir os exemplos de Macaé e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, que tiveram significativa favelização com a migração desordenada.
"Tivemos de criar estacionamentos rotativos, acabar com ruas em mão dupla e instalar mais sinais de trânsito. Durante o pico das obras da P-53, não havia condições de estacionar com tranquilidade no centro", diz o secretário para Assuntos Extraordinários, Gilberto Pinho.
Em 2005, circulavam 42 mil veículos na cidade. Hoje, a frota já chega a 78 mil. Em dez anos, projeta-se 220 mil.
O PIB da cidade é o sétimo maior do Estado e, em dez anos, deve ser o terceiro.
Até 2024, o polo naval vai produzir bens e serviços que somarão US$ 26 bilhões, segundo estudo da prefeitura e da Furg (Fundação Universidade de Rio Grande).
Em dez anos, estima-se que a população chegará a 450 mil pessoas. A ideia da prefeitura é que uma nova cidade seja formada próximo à área do Cassino, onde começa a praia homônima, que se estende até a fronteira com o Uruguai, na cidade de Chuí.

MAZELAS

Ao mesmo tempo que convive com a perspectiva de crescimento, Rio Grande tenta evitar mazelas como a favelização e a violência.
Na chegada à cidade, já se vê ao lado do aeroporto ruas sem asfalto e com esgoto a céu aberto, próximos a uma das duas favelas da cidade.
A outra, na área do porto, está sendo removida, segundo o prefeito, Fábio Branco. "Estamos trabalhando para capacitar a população, para que todos tenham emprego.
É o melhor remédio para evitar que a violência aumente."
Nos últimos cinco anos, os índices de criminalidade não tiveram alteração significativa, exceto pelas prisões por porte e tráfico de drogas. Em 2005, foram 208. Em 2009, saltaram para 300.

Fonte: Folha de São Paulo/CIRILO JUNIOR






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