Em visita ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, se comprometeu a aproximar o empreendimento de outras empresas, como a Shell, para favorecer novos contratos. Isso porque o EAS só tem encomendas até meados de 2019 e, atualmente, tenta negociar encomendas com a empresa Satco, mas a assinatura do contrato depende da Petrobras.
O ministro também comentou a revisão do conteúdo local - que garante a participação das empresas nacionais na indústria de petróleo e gás. "Não afetaria o Atlântico Sul, nossa ideia é manter o mesmo modelo que temos atualmente", garantiu. Durante a passagem pelo EAS, Fernando Filho ainda comentou a privatização da Eletrobras. Disse que o modelo de contrato deve ser fechado até o fim deste mês e que a Chesf estará no pacote. "Queremos incluir no contrato formas de garantir um programa de revitalização do rio São Francisco".
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Na visita, Fernando Filho participou de uma apresentação do presidente do empreendimento, Harro Burmann, sobre a planta naval. Em seguida, o ministro fez uma visita geral pelo estaleiro e conheceu o petroleiro Abdias Nascimento, que está pronto e prestes a ser entregue à Transpetro.
A expectativa é que a medida possa socorrer o combalido setor naval, que já foi responsável por mais de 17 mil empregos em Suape e, depois da crise econômica e dos escândalos da Petrobras, passou a empregar aproximadamente cinco mil pessoas no Estado.
O próprio presidente do estaleiro já chegou a dizer que sem a liberação de novos financiamentos e a conquista de novos contratos o empreendimento pode fechar as portas. Burmann defende a criação de uma Medida Provisória para a libertação de novos financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Fonte: Folha PE