O navio graneleiro Vale Beijing, que teve uma rachadura em sua estrutura, foi levado nesta terça-feira do terminal Ponta da Madeira, em São Luís, onde estava atracado, para uma área mais profunda e distante da costa, onde será feita uma avaliação do dano.
Segundo a Capitania dos Portos do Maranhão, a reposicionamento da embarcação, que começou às 10h local (11h de Brasília), foi motivada por questões de segurança e para liberar a movimentação do píer 1.
O navio foi levado para uma área localizada a 11 quilômetros da costa (seis milhas náuticas). A embarcação tem 292 metros de comprimento, 45 metros de largura e 23 metros de calado (medida vertical do casco abaixo da linha d'água) quando com carga máxima.
Em nota, a Vale afirmou que nesta área a empresa dona do navio, a coreana STX PanOcean, poderá continuar, com segurança, os trabalhos de análise dos danos e reparos do navio. "A Vale continuará acompanhando as ações que serão tomadas pela empresa", diz o comunicado.
Ainda de acordo com a Vale, as operações de embarque de minério de ferro no píer 1 serão normalizadas com a próxima atracação de navio, prevista para a tarde desta terça. "Durante o período em que o píer 1 ficou inoperante, deixamos de embarcar 750 mil toneladas de minério de ferro", afirmou a companhia.
INSPEÇÃO
Os técnicos da STX chegaram hoje (6) a São Luís para fazer uma inspeção e buscar um possível conserto. A embarcação está arrendada para a mineradora Vale, para transporte de minério de ferro.
O rompimento de um dos tanque de lastro do navio aconteceu na noite de sábado, durante o carregamento de minério no terminal que pertence à Vale. A água que entra no navio está sendo retirada por bombas, o que vem garantindo a flutuação do navio, segundo informação da Marinha.
Até a tarde de ontem, os técnicos do Ibama não havia identificado vazamento de óleo combustível ou minério. A Vale deve encaminhar relatórios diários para o Ibama.
Fonte: Folha / Sílvia Freire
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