Com o atrativo de ter capacidade de produção de 40 mil barris por dia de petróleo, em apenas um poço, o pré-sal das bacias de Campos e Santos será o protagonista dos dois leilões que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) promove nesta sexta-feira (27), no Rio. Serão oito lotes localizados nas duas bacias dentro da segunda e terceira rodadas de partilha do pré-sal, todos com expectativa de serem arrematados.
A segunda rodada de partilha ofertará quatro áreas conhecidas e adjacentes a campos ou prospectos cujos reservatórios se estendem para além da concessão, nas duas bacias. São elas: Norte de Carcará, Sul de Gato do Mato, Entorno de Sapinhoá, Sudoeste de Tartaruga Verde. Segundo especulação do mercado, essas devem ser as mais disputadas por serem áreas já consolidadas.
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Já na terceira rodada de partilha serão oferecidos lotes ainda não explorados, que precisam ser estudados, e que também são em Campos e Santos: Pau Brasil, Perova, Alto de Cabo Frio Oeste, Alto de Cabo Frio Central.
Dezesseis operadores estão habilitados a entrar nas duas disputas, incluindo empresas do Brasil, Reino Unido, China, Estados Unidos, França, Noruega, Catar, Malásia, Espanha e Colômbia. Ao todo, os vencedores devem investir R$ 100 bilhões, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Parte desses recursos será convertida em encomendas à indústria e em novos serviços pelos próximos sete a dez anos,com geração de emprego com o desenvolvimento das novas reservas. Os dois leilões serão feitos para exploração sob o regime de partilha: vence quem oferecer o maior lucro para a União em petróleo, o chamado óleo-lucro.
Governo municipal destaca avanço do setor
O prefeito de Macaé, Dr. Aluizio, que busca medidas para gerar emprego no município, destaca o avanço no arranjo de petróleo e gás, impulsionado também pela 14ª Rodada, com áreas no pós-sal, ocorrido há um mês, cujo resultado serviu de termômetro da atratividade do mercado brasileiro. "Além disso, os campos que têm pré-sal na região irão produzir um óleo mais leve, com grande reconhecimento no mercado pela qualidade", frisa o prefeito Dr. Aluizio.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Gustavo Wagner, as rodadas, somadas às novas medidas na área como a regulamentação da lei que desobrigou a Petrobras de ser operadora de pelo menos 30% dos campos de petróleo, a flexibilização da exigência de conteúdo local e a prorrogação do Repetro - em discussão no Congresso - dão novo fôlego ao setor de petróleo na Bacia de Campos.
- Percebemos que as ações destravam investimentos no setor e ajudam a implantar um novo ciclo de desenvolvimento e geração de emprego. Macaé tem todo o potencial para receber novos investimentos, incluindo a infraestrutura de serviços e a logística - pontua o secretário.
O primeiro leilão no regime de partilha foi o da área de Libra, em 2013. Já para as duas rodadas de sexta, a estimativa é um embate apertado. Essa é a primeira vez que petroleiras privadas poderão participar como operadoras em uma licitação sob regime de partilha, desde o fim da exclusividade da Petrobras.
O governo federal estima que os leilões vão gerar para o Rio uma receita de R$ 2,5 bilhões por ano num prazo de 10 anos só em impostos e royalties.
Fonte: Secom/PMM