Com tantos eventos esportivos e projetos de infraestrutura na pauta brasileira dos próximos anos, a francesa Schneider Eletric já faz as contas do quanto pode faturar com os investimentos de cerca de R$ 1 trilhão que estima serem necessários para fazer frente aos projetos de Copa do Mundo, Olimpíada, PAC, Minha Casa Minha Vida e principalmente o pré-sal. O Brasil tornou-se um dos maiores centros de negócio em energia pelo grande investimento em infraestrutura que vai fazer, segundo o vice-presidente mundial da unidade de negócios de energia da Schneider, Michel Crochon.
Hoje, pelos números divulgados mundialmente pela empresa, o Brasil tem pouca relevância nos negócios da Schneider. Nas informações financeiras do grupo, nem mesmo a América Latina é citada e fica na categoria "resto do mundo" - que faturou nos primeiros nove meses do ano € 2,43 bilhões, ante um faturamento total de € 14 bilhões.
Neste ano, o grupo comprou os ativos da Areva para equipamentos do setor de distribuição de energia, que lhe acrescentou duas fábricas em seu portfólio no Brasil e 800 empregados, chegando agora a 3 mil funcionários diretos no país e sete fábricas. Mundialmente a Areva foi responsável pelo incremento de € 1 bilhão em faturamento entre junho e dezembro deste ano.
Com a aquisição da Areva, entretanto, é permitido dizer que a empresa é hoje líder mundial em produtos de média voltagem. No Brasil, a companhia tem escritórios ou representações em 19 diferentes cidades para atender mercados residenciais ou de indústria. A empresa tem uma boa aposta nos contratos para o programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. A presidente da Schneider no Brasil, Tania Consentino, diz que possui um produto para baixa renda que se encaixa no perfil e hoje negocia para fechar contratos com as construtoras que participam do programa.
Tudo está em fase de negociação na Schneider Electric. A empresa também está buscando hotéis, construtoras e governos para abocanhar contratos para os eventos da Copa do Mundo e Olimpíada. Toda a estrutura elétrica pode ser oferecida, além da segurança de fornecimento de energia em estádios. Mesmo para prefeituras, a ideia é buscar contratos até mesmo para instalação de câmaras de segurança nas ruas. Outro foco de atuação da companhia são os projetos de eficiência energética que as empresas de distribuição precisam fazer a cada ano, por determinação da Aneel.
Fonte: Valor Econômico/Josette Goulart | De São Paulo
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