Apesar de preocupante, a queda dos preços do petróleo, que tem girado ao redor de US$ 50, ainda não inviabiliza a exploração do pré-sal pela Petrobras. Segundo o Plano de Negócios e Gestão aprovado pela empresa para o período 2014/18, o preço mínimo para viabilizar o negócio é estimado em US$ 45 por barril.
O cálculo considera uma vazão de poços entre 15 mil e 25 mil barris por dia. Atualmente, a Petrobras produz no pré-sal a uma vazão média de 20 mil barris por dia. Alguns poços do pré-sal na Bacia de Santos têm alcançado vazão superior a 30 mil barris de petróleo por dia.
“Quem realmente está preocupado com os baixos preços do petróleo são as grandes perfuradoras da camada de xisto dos Estados Unidos, como Pioneer Natural Resources, Continental e Chesapeak Energy, já que o fraturamento hidráulico só é rentável com o barril a US$ 80”, destaca a Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet)
A Aepet acrescenta que “a gigante Halliburton, maior fornecedora de serviços na área”, demitiu cerca de mil funcionários, em dezembro: “Segundo analistas da área, os preços devem se manter no atual patamar por ao menos três meses, o que pode abalar os planos dos EUA em conseguir a auto-suficiência com a exploração do xisto.”
Já a Petrobras destacou que o funcionamento da Transportadora Gasene S/A, que segue a modalidade de Sociedade de Propósito Específico (SPE), ao contrário de ser um “gasoduto suspeito”, está longe de “ser uma novidade”.
“O empreendimento foi construído segundo modelo de negócio mundialmente utilizado, de projeto estruturado (project finance)”, afirma a estatal.
A Petrobras ressaltou que, desde a década de 1990, usa o modelo de SPE para o desenvolvimento de projetos de exploração e produção, refino e transporte de gás. E cita as SPEs de Marlim (1999), Cabiúnas (2000), Albacora Petros (2001), Pargo-Carapeba-Garoupa-Cherne-Congro (2002), Projeto Urucu-Manaus (2004), Mexilhão (2005) e Revap (2006).
Fonte: Monitor Mercantil
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