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Pré-sal vai criar novos polos de desenvolvimento

Além do Rio, São Paulo e Espírito Santo vão atrair boa parte dos R$ 340 bilhões de investimentos em petróleo e gás até 2013
Com R$ 340 bilhões para serem aplicados no País entre 2010 e 2013, o setor de petróleo e gás vai puxar o crescimento dos investimentos na indústria nos próximos anos, aponta informe do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Principal destino desses recursos, o Sudeste vai presenciar transformações significativas.
Graças ao pré-sal, o setor de petróleo, até então concentrado no Rio, vai impulsionar polos de desenvolvimento em São Paulo e no Espírito Santo. Os valores mapeados pelo BNDES se referem, porém, apenas aos investimentos iniciais do pré-sal, cujas reservas são estimadas em cerca de 50 bilhões de barris pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Isso indica que o setor deve continuar a crescer nos investimentos da economia brasileira, segundo o relatório do banco.
A Baixada Santista será uma das regiões que mais passarão por mudanças com o pré-sal. Segundo o consultor de petróleo Jean-Paul Prates, a região deve se transformar em um polo tão ou mais importante que o do norte fluminense para o setor. "O polo de Santos pula etapas em relação ao de Macaé. Tem plenas condições até de superá-lo em 15 anos, pela preexistência de uma boa infraestrutura de pessoas qualificadas."
Na avaliação de Prates, o Espírito Santo também terá importância crescente e constante. "Há pelo menos sete anos, a bacia do Espírito Santo e a área de Campos frontal ao Estado têm aumentado a produção". As reservas do Estado em mar saltaram de 1,1 milhão de barris em 1999 para cerca de 2,4 bilhões em 2008, segundo a ANP. Ele afirma, porém, que o Estado terá papel secundário em relação a Rio e São Paulo.
Sede da Petrobrás e da ANP, o Rio deve ficar com grande fatia dos investimentos do setor. O estudo Decisão 2010-2012, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mapeou investimentos de R$ 126,3 bilhões no Estado no período. Desse total, R$ 77,1 bilhões são de empreendimentos da Petrobrás, R$ 28,6 bilhões do setor de infraestrutura e R$ 20,3 bilhões da indústria de transformação.
O setor petroquímico responde por quase 75% dos investimentos da indústria de transformação, com destaque para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O empreendimento, cujo investimento previsto inicialmente é de US$ 8,5 bilhões, deve entrar em operação em 2013, aumentando a capacidade nacional de refino de petróleo pesado com consequente redução da importação de derivados e de produtos petroquímicos.
Impulso. Outros setores também devem ser impulsionados com a exploração do pré-sal. É o caso da construção naval. No estaleiro Mauá, em Niterói, serão construídos quatro navios-tanque para transportar derivados de petróleo. O investimento é de R$ 627,2 milhões. Em maio, o governador Sérgio Cabral revelou negociação para a instalação de um novo estaleiro no município de Itaguaí, destinado à construção de embarcações offshore.
No Espírito Santo, a Jurong obteve licença ambiental em março para construir um estaleiro em Aracruz, com investimento de US$ 500 milhões.
Segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), a carteira de encomendas dos estaleiros brasileiros tem 132 empreendimentos em construção, dos quais 52 são petroleiros para a Transpetro, no Programa de Modernização e Expansão de Frota (Promef).
PARA ENTENDER
Petrobrás vai captar mais de US$ 50 bilhões
O governo conseguiu aprovar na madrugada de ontem, no Senado, a proposta de capitalização da Petrobrás e o projeto que cria o Fundo Social e o modelo de partilha para a exploração do pré-sal. A capitalização vai permitir a captação de mais de US$ 50 bilhões para investimentos em exploração de petróleo. A vitória do governo só não foi completa porque a maioria dos senadores votou a favor da emenda apresentada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) estabelecendo a divisão igualitária de royalties entre Estados e municípios, contrariando acordo firmado por governo e oposição para deixar a discussão do tema para depois das eleições de outubro. A questão deverá voltar à Câmara Federal, pois o projeto original foi alterado. A polêmica, neste caso, vai continuar.
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Fonte: O Estado de S.Paulo/Glauber Gonçalves

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