O presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Zuza Oliveira, que esteve ontem o encontro do Agropacto, falou sobre a dificuldade que o Estado tem em efetivar os projetos estruturantes. Oliveira lembra que há pouco tempo o Ceará não tinha o Porto do Pecém, que hoje é o equipamento mais importante do Estado. ``É uma questão de tempo. A siderúrgica já está sendo feita, a refinaria é uma necessidade da Petrobras.``
Mas no caso do estaleiro cearense, que enfrenta uma polêmica quanto ao local de instalação, e está a alguns dias de perder o prazo para definir o projeto, Oliveira é mais enfático. ``O custo da democracia é alto porque cada um tem sua interpretação como gestor público, mas ainda é o melhor sistema. Tem alguns momentos em que não se pode ajudar as dificuldades``. A situação do estaleiro está se concretizando, mas ninguém sabe ainda o rumo que vai tomar. Cabe a cada gestor ver qual o risco tem em suas ações.``
As falas do presidente da Adece encaixam na disputa inicial sobre a instalação do empreendimento na praia do Titanzinho, local avaliado pelo Governo do Estado como o ideal, mas que a Prefeitura de Fortaleza se posicionou contra por já ter um projeto para área. Agora, a Prefeitura procura um novo lugar para o equipamento, mas com o prazo de 30 de junho, determinado pela Transpetro para indicação definitiva do local, se aproximando a situação vai ficando mais improvável.
Para Zuza Oliveira o Ceará não poderia perder esse empreendimento. ``Mas é um empreendimento que está tendo mais polêmica, e os outros estados estão doidos para pegá-lo``, lembra. ``Estamos próximos de um desfecho``, disse.
Fonte: O Povo (CE)
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