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Prominp expõe real situação da educação

Formação de mão de obra e qualidade da educação em Pernambuco foram dois temas que pautaram o debate eleitoral deste ano. O mote foi a necessidade de qualificar os profissionais do Estado para ocupar as vagas nos grandes empreendimentos em implantação no Complexo de Suape e evitar a importação de trabalhadores. Divulgado após as eleições, o resultado do Prominp expõe a gravidade da situação e serve como alerta para o governador reeleito Eduardo Campos, que vai precisar enfrentar o desafio.

Coincidentemente nesta semana, o governador participou de audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad, pedindo para reforçar o caixa da pasta no Estado, com pedido de liberação de R$ 100 milhões. O dinheiro será usado na melhoria das escolas da rede estadual. Do total solicitado, R$ 60 milhões serão aplicados na construção de 11 escolas técnicas do interior e Grande Recife.

No campo político, tanto governo quanto oposição repetem como um mantra que a deficiência na educação é um problema secular, sem solução a curto prazo. Mas também defendem a urgência em acelerar mudanças para reverter o cenário. A deputada Terezinha Nunes (PSDB) diz que o desempenho negativo de Pernambuco no 5º ciclo do Prominp não foi uma surpresa. “O nível de escolaridade do pernambucano está tão baixo que mesmo com um número de inscritos superior a 68 mil não foi possível preencher 8.326 vagas. Isso sem falar que a coordenação do Prominp baixou a nota mínima de 4 para 2. É uma situação vexatória”, afirma. Para a deputada, uma medida emergencial seria promover cursos de qualificação profissional, enquanto em paralelo seria realizada uma mudança estrutural na educação básica.

Apesar de vários avanços realizados durante a gestão Eduardo Campos, que criou política de bonificação para os professores, ampliou o número de escolas técnicas e elevou a quantidade de escolas em tempo integral, Pernambuco ainda tem muita lição de casa para fazer. O Estado tem a quinta maior taxa de analfabetismo do País, nota vermelha no Ideb (índice que mede o desempenho) e baixo investimento do PIB em educação.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)


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