A HRT Participações em Petróleo, uma espécie de OGX em escala reduzida, pediu registro de companhia aberta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta semana. Assim como a empresa criada pelo empresário Eike Batista, a HRT é pré-operacional, tem como plano de negócio atuar na exploração de óleo e gás no Brasil e é formada por ex-funcionários da Petrobras.
A empresa foi procurada para informar se também pretende pedir à CVM registro de oferta pública de ações ou de títulos de dívida, mas negou que fará movimentos nesse sentido.
Segundo a companhia, foi protocolado apenas o pedido de registro de companhia aberta e essa decisão atende a um compromisso assumido no acordo de acionistas da HRT.
Esse acordo foi costurado entre outubro e novembro do ano passado, quando a empresa conseguiu captar US$ 275 milhões com um grupo de 66 investidores em uma operação privada, coordenada pelo Banco de Montreal.
O nome que aparece como contato da empresa no site da CVM é o de Eduardo de Freitas Teixeira, um dos quatro executivos que exerceram o cargo de presidente da Petrobras durante o governo Collor.
Segundo reportagem do Valor publicada em novembro, Teixeira será o diretor financeiro da HRT Participações, que terá como presidente Antonio Agostini, ex-diretor de exploração e produção da Petrobras.
Originalmente uma empresa apenas de pesquisa de sistemas petrolíferos e comandada pelo geólogo Márcio Rocha Mello, a HRT decidiu entrar no segmento de exploração e produção de óleo e gás no fim do ano passado, quando comprou 51% de participação em 21 blocos de exploração na Bacia do Solimões, no Estado do Amazonas.
Antes de adquirir as fatias das companhias Petra Energia e M&S Brasil, que haviam arrematado os blocos em leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2005, a HRT tinha sido contratada para avaliar o potencial da área.
Segundo a HRT, os blocos adquiridos têm aproximadamente 50 mil quilômetros quadrados, com potencial petrolífero estimado entre 4 bilhões e 6 bilhões de barris de óleo leve e de 10 a 20 trilhões de pés cúbicos (TCF) de gás.
Na época do anúncio da compra de participação nos blocos, a HRT disse que a bacia tinha potencial para se tornar a maior produtora de gás e uma das maiores de óleo leve do Brasil.
Fonte: Valor Econômico/ Fernando Torres, de São Paulo
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